Juíza marca julgamento da 3ª fase da Omertà, excluindo Jamil Name e mantendo Jerson Domingos

Os réus da 3ª fase da Operação Omertà vão sentar no banco dos réus a partir do próximo dia 15 de junho deste ano. A decisão é da juíza Eucelia Moreira Cassal, em substituição na 1ª Vara Criminal, que marcou o julgamento dos acusados de integrar as organizações criminosas supostamente chefiadas pelos empresários Fahd Jamil, o “Rei da Fronteira”, e Jamil Name.

No entanto, a magistrada negou os pedidos dos réus para rejeitar a denúncia de organização criminosa, tráfico de armas, corrupção passiva e ativa e violação do sigilo funcional, porém, acatou o pedido para excluir Jamil Name, que está sendo submetido a exame de insanidade mental.

Além disso, ela manteve o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, que atualmente é conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Sem Name, a audiência de instrução e julgamento começará com os depoimentos dos delegados Fábio Peró e João Paulo Sartori, do Garras (Delegacia Especializada na Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), que chefiaram a histórica investigação.

Eles foram peças fundamentais em levar para trás das grades os acusados de chefiar dois grupos de extermínio. As testemunhas de defesa de Fahd Jamil, que está preso no Garras desde o dia 19 de abril deste ano, vão depor no dia 20 de julho. O destaque é o depoimento do ex-deputado estadual Hosne Esgaib, de Ponta Porã.

No dia seguinte, a Justiça vai ouvir as testemunhas do empresário Jamil Name Filho, que está preso com o pai desde o dia 27 de setembro de 2019. Ele incluiu o miliciano do Rio de Janeiro, Tôni Angelo Souza de Águia, que também está preso a unidade federal do Rio Grande do Norte, e o empresário Jaime Valler, dono do jornal O Estado MS.

O conselheiro Jerson Domingos arrolou 12 testemunhas, que serão ouvidas no dia 4 de agosto, a partir das 8h30. Cunhado de Jamil Name, ele arrolou o ex-delegado geral de polícia, Jorge Razanauskas, e o ex-secretário estadual de Segurança Pública e ex-deputado estadual Antônio Braga. Dois conselheiros do TCE, Ronaldo Chadid e Flávio Kayatt, vão depor a favor de Jerson.

Domingos também convocou como testemunha de defesa Kauê Vitor Santos da Silva, preso por tráfico de drogas, que estava no Presídio Federal de Mossoró e teria feito as revelações em um pedaço de papel higiênico, de que o grupo planejava matar o delegado Fábio Peró, o promotor do Gaeco, Tiago Giuliu de Freire, e um defensor público.

O juiz federal aposentado e segundo colocado no segundo turno na disputa do Governo de Mato Grosso do Sul em 2018, Odilon de Oliveira, vai ser testemunha de defesa de Rodrigo Betzkowiski de Paula, com depoimento agendado para o dia 16 de agosto.

Os réus vão ser interrogados a partir do dia 18 de agosto. O primeiro a ser ouvido na 1ª Vara Criminal será o poderosíssimo empresário de Ponta Porã, Fahd Jamil. O vice-presidente do TCE será ouvido no dia 23 de agosto. Os últimos réus vão ser interrogados no dia 30 de agosto. Com informações do site O Jacaré