Juiz quer marcar júri popular de Jamilzinho por execução de filho de ex-capitão. Vai vendo!

O julgamento do empresário campo-grandense Jamil Name Filho, 43 anos, mais conhecido como “Jamilzinho”, pela execução do acadêmico de Direito, Matheus Coutinho Xavier, filho do ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, mais conhecido como “PX”, está mais próximo do que se imagina. De acordo com o site O Jacaré, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, não pretende esperar o STJ (Superior Tribunal de Justiça) para levar a júri popular os acusados pelo brutal assassinato ocorrido em abril de 2019 em Campo Grande (MS).

Caso transcorra tudo dentro dos conformes, será a primeira vez que Jamilzinho irá a julgamento por homicídio em Mato Grosso do Sul, sendo que ele foi preso em 27 de setembro de 2019 sob a acusação de comandar um grupo de milícia armada responsável por várias execuções em Mato Grosso do Sul, ao lado do pai, o empresário Jamil Name, que faleceu em julho deste ano vítima de Covid-19, contraída na prisão.

O magistrado já solicitou os autos ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e destacou que os recursos no STJ não possuem efeito suspensivo, permitindo incluir o júri da morte do estudante na pauta da vara porque há réus presos. Além de Jamilzinho, estão presos pelo crime o guarda municipal Marcelo Rios e o policial civil Vladnilson Daniel Olmedo, mais conhecido como “Vlad”.

No início deste ano, a 2ª Câmara Criminal do TJMS negou recurso da defesa e ainda tinha acatado pedido do MPE (Ministério Público Estadual) para converter a prisão domiciliar em preventiva de Jamil Name. Pereira frisou que os réus estão presos desde novembro de 2019 e o júri popular estava marcado para o dia 28 de outubro do ano passado. Com a inclusão na pauta, este será o primeiro júri dos acusados de integrar o grupo de extermínio presos na Operação Omertà, deflagrada pelo Garras e pelo Gaeco em 27 de setembro de 2019.

De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Jamil Name e o filho deram a ordem para executar PX, que teria traído o grupo ao negociar uma propriedade rural do reverendo coreano Moon com um pecuarista de São Paulo. No entanto, os pistoleiros, que seriam Juanil Lima Miranda e José Moreira Freires, mais conhecido como “Zezinho”, erraram o alvo e mataram o estudante no lugar do pai.

Após o crime, conforme o ex-policial militar, ele foi convocado para falar com Jamil Name Filho, que lhe ordenou para deixar a Capital por alguns anos. Nas interceptações das mensagens do celular, de acordo com o Gaeco, Jamilzinho ameaça promover a maior matança da história de Mato Grosso do Sul, que incluiria do “picolezeiro” ao governador. A frase chegou a ser citada em julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ministro Alexandre de Moraes.

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