Juiz condena Jamil Name Filho a 12 anos de prisão e a pagar R$ 1,7 milhão por extorsão. Vai vendo!

O juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, condenou o empresário campo-grandense Jamil Name Filho, mais conhecido como “Jamilzinho”, a 12 anos e oito meses de prisão em regime fechado por extorsão armada e a pagar indenização mínima de R$ 1,736 milhão ao empresário José Carlos de Oliveira e a esposa, Andréia Flávio de Souza.

No entanto, segundo o site O Jacaré, o magistrado absolveu o ex-vereador Ademir Santana (PSDB) do crime, que foi cometido por Jamilzinho e pelo pai, o empresário Jamil Name, que morreu no ano passado após complicação da Covid-19 quando estava preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Jamilzinho e Jamil foram denunciados por pegar o patrimônio construído pelo empresário ao longo de quatro décadas. O caso só foi denunciado após Jamil Name ser preso na Operação Omertà, deflagrada pelo Garras e Gaeco no dia 27 de setembro de 2019. Aos prantos e bastante emocionado, a vítima contou à Polícia que perdeu tudo após pedir um empréstimo para Jamilzinho.

Até o momento, essa é a maior punição imposta pela Justiça a Jamil Name Filho, que também está preso no Presídio Federal de Mossoró. Além de mantê-lo preso, o juiz estabeleceu 142 dias-multa, o equivalente a R$ 399 mil. O juiz absolveu Ademir Santana, que foi acusado de levar José Carlos até a casa de Jamil Name para ser coagido a dar a casa, onde residia no Jardim Monte Líbano e acabou sendo usada para depósito do arsenal de armas de grosso calibre da organização criminosa.

Em seguida, o tucano levou o empresário e a esposa, que sob ameaça de armas, acabou dando a casa em pagamento do empréstimo. “Por fim, as vítimas José Carlos de Oliveira e Andreia Flávio de Souza teriam sido, mais uma vez, ameaçadas por Jamil Name Filho e por seu segurança Euzébio de Jesus Ramalho, vulgo ‘Nego Bel’, os quais portavam armas de fogo e um taco de beisebol, e acabaram por ceder os direitos sobre o imóvel da residência do casal, localizado na Rua José Luiz Pereira, 485, São Bento, nesta Capital”, destacou.

O pesadelo do casal começou com um empréstimo de R$ 80 mil de Jamilzinho para Oliveira obter o habite-se para as casas construídas. Por causa dessa dívida, ele acabou repassando R$ 2,793 milhões para os Names, conforme relato do juiz. Também perderam um terreno de 27 mil metros quadrados, adquirido do espólio do avô de Andréia. O magistrado ainda determinou a prisão preventiva de Jamilzinho.

O magistrado também absolveu Benevides Cândido Pereira e Euzébio de Jesus Araújo. Jamil Name acabou tendo a punibilidade extinta com a sua morte em decorrência das complicações da covid-19 em junho do ano passado. Juanil Miranda está com o processo suspenso porque nunca mais foi localizado pla Justiça.