Instituto Chico Mendes coloca 67 espécies de MS ameaçadas de extinção em seus três biomas

Pesquisa “Contas de ecossistemas: espécies ameaçadas de extinção no Brasil”, elaborada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CNCFlora/JBRJ), revela que Mato Grosso do Sul tem 67 espécies ameaçadas de extinção nos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

 

Ainda de acordo com o levantamento, a lista de espécies ameaçadas de extinção no Estado traz 21 espécies de aves, 21 mamíferos e 13 peixes continentais, além de répteis, invertebrados terrestres e de água doce e anfíbios classificados nas seguintes categorias: vulnerável, em perigo e criticamente em perigo.

 

Conforme atualização divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contabiliza mais de 50 mil espécies de plantas e outras 125.251 de animais em sua fauna. Leonardo Bergamini foi responsável por coordenar a pesquisa e observa que o total de espécies avaliadas é proporcionalmente pequeno ao total reconhecido e que, justamente, os trabalhos de catalogação ajudam a trazer nortes para políticas públicas adequadas para proteger o meio ambiente.

 

Dos biomas que passam por Mato Grosso do Sul, apenas o Pantanal aparece como uma “despreocupação”, já que segue como aquele que tem o menor número de espécies ameaçadas. Fora esses, o Cerrado já começa a demonstrar uma situação preocupante, já que concentra o segundo maior número (1.199) de espécies ameaçadas.

 

Acima dele, somente a Mata Atlântica, que segue registrando o maior número de espécies avaliadas (11.811), das quais 2.845 aparecem com o risco de entrar para lista de animais extintos. Isso deve-se à maior presença de ambientes antropizados, ou seja, onde houve ação humana, por conta do histórico de ocupação e urbanização, a partir do litoral, na formação do território brasileiro.

 

Ainda na Mata Atlântica, o bioma também se mantém como o maior no ranking de espécies extintas, saltando de sete para oito com a inclusão recente da Perereca-gladiadora-de-sino. Entre os mamíferos, o tradicional macaco bugio; o lobo-guará; o jaguarundi, também chamado eirá ou gato-mourisco; o mico-leão-preto e até o veado-mão-curta aparecem na lista como vulneráveis.

 

No grupo de vulneráveis são listados o calango; o carismático sapo Mão-vermelha-do-chaco e até mesmo o tamanduá-bandeira. Já entre os “criticamente em perigo” aparecem peixes continentais como a Piracanjuba; invertebrados como a borboleta-rabo-de-andorinha e aves, como o Aracuã.