A escolha do novo desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para a vaga da desembargadora aposentada compulsoriamente Tânia Garcia de Freitas Borges teve uma surpresa. Tida como favorita para ocupar o cargo, a procuradora de Justiça Jaceguara Dantas da Silva foi excluída até da lista tríplice definida pelo TJMS, que acabou por priorizar o procurador de Justiça Alexandre Raslan.
Alexandre Raslan foi o mais votado na lista tríplice e sua escolha acabou sendo sacramentada em reunião realizada no fim da tarde de ontem (15) na Governadoria. Com isso, deu a lógica e se confirmou a expectativa existente nos meios político e jurídico de que ele era o melhor nome para preencher a vaga deixada por Tânia Borges. O futuro desembargador é membro do MPE (Ministério Público Estadual) desde 1995 e titular da 22ª Procuradoria de Justiça Criminal desde 2016.
Alexandre Lima Raslan ficou em primeiro na lista tríplice ao obter 32 votos, enquanto em segundo lugar ficou a procuradora de Justiça Esther Sousa de Oliveira, com 30 votos, que é filha do ex-presidente do TJMS, desembargador Jesus de Oliveira Sobrinho, e o terceiro é o procurador de Justiça Antônio Siufi Neto, com 18 votos.
A lista foi encaminhada ao governador Reinaldo Azambuja, que tem a prerrogativa de indicar qualquer um dos três para a vaga de desembargador do TJMS. A lista foi definida após o MPE encaminhar seis nomes para a corte. Além dos três nomes, a lista sêxtupla ainda tinha os procuradores Jaceguara Dantas Silva, Marcos Antônio Martins Sottoriva e Aroldo José de Lima.
Jaceguara Dantas era considerada favorita porque tinha o apoio do ex-procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Cesar dos Passos, que teve o nome aprovado pelo Senado e foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o cargo de conselheiro do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).