Fronteira tem fim de semana violento com três execuções em um mesmo dia, uma terra do cão!

O fim de semana na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul foi muito violento com três execuções no domingo (19) nas cidades de Pedro Juan Caballero (PY) e uma em Ponta Porã (MS). Com essas mortes, o número de assassinatos na região chega a 128 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho, 16 em julho, 19 em agosto e 6 em setembro.

A primeira execução aconteceu na madrugada de ontem em Ponta Porã, onde Ayslan Riquelme Miguel, de 22 anos, foi motor a tiros por um rapaz identificado apenas como “Juninho”, que invadiu a casa da vítima e disparou três vezes. Testemunhas contaram à Polícia Civil que o atirador invadiu a residência de Ayslan Miguel na Rua Recife, na Vila Áurea, gritando “sai daí safado” e, na sequência, disparou 3 vezes contra a vítima.

Após o crime, o suspeito fugiu pelos fundos do imóvel, que dá de fundos para uma área de mata. Ayslan Miguel tinha várias passagens pela Polícia e, em uma delas, quando tinha 19 anos, foi detido por suspeita de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubos e furtos de motocicletas, agindo com violência nas regiões de Ponta Porã e Pedro Juan Caballer.

Já as outras duas execuções aconteceram na noite de ontem em Pedro Juan Caballero e as vítimas foram dois irmãos identificados como Ramón Alberto Caballero e Diosnel Acosta Caballero. O crime teria ocorrido em um terreno baldio localizado na Rua Cerro Leon, sendo que os autores seriam os vizinhos das vítimas identificados como Douglas Danilo Colmán Gamarra e Eduardo, cujo sobrenome não foi revelado.

Os irmãos foram reconhecidos pela mãe, que chegou ao local do crime pouco depois da execução. A Polícia Nacional do Paraguai está à procura dos autores do duplo homicídio, sendo que o motivo do crime seria uma discussão e, tanto as vítimas, quanto um dos autores dos assassinatos teria uma longa ficha criminal. Os irmãos teriam sido presos por porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e violência doméstica, enquanto Douglas Gamarra era foragido da Penitenciária de Misiones e tinha inúmeros registros de tentativa de homicídio, resistência à prisão, roubo qualificado, lesão corporal grave e associação criminosa.