O domingo (19) foi sangrento na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul com o registro de cinco execuções, sendo quatro em Ponta Porã (MS) e uma em Bella Vista Norte (PY). Com essas mortes, o número de execuções na região chega a 185 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho, 16 em julho, 19 em agosto, 17 em setembro, 16 em outubro, 19 em novembro e 11 em dezembro.
A primeira execução aconteceu em Bella Vista Norte, cidade paraguaia que faz fronteira com Bela Vista (MS), quando pistoleiros atacaram Mariano Ortega e a esposa. O homem foi atingido no rosto e nas pernas, sendo socorrido e encaminhado ao hospital local, sendo depois transferido ao Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, onde não resistiu aos ferimentos e faleceu, enquanto a esposa dele, identificada apenas pelo primeiro nome, Rosy, foi levada ao hospital em Bela Vista (MS) e não corre risco de morte.
Logo depois, em Ponta Porã, foi executado Ederson Benites Cano, de 28 anos, que foi baleado e morto na frente da esposa, a poucos metros da casa onde morava. Ele chegou a correr para se livrar dos disparos, mas foi atingido por um homem com quem já tinha rixa antiga. Em seguida, também em Ponta Porã, foram executados Aldenir Alves, de 49 anos, e Joaquim Antônio da Silva, de 55, sendo que eles estavam em uma conveniência quando foram alvejados pelos pistoleiros.
A quinta e última vítima morta por pistoleiros no domingo foi Orlando do Sul Batista da Silva, de 53 anos. O atirador disparou pelo menos seis vezes contra a cabeça dele, que estava cortando a grama na frente da casa onde morava quando o suspeito chegou em uma moto paraguaia. Ele desceu, atravessou a rua e abriu fogo contra a vítima, que não resistiu e morreu no local.