Fahd Jamil e filho são indiciados por execução de sargento da PM usando milícia na Capital

O empresário ponta-poranense Fahd Jamil, 79 anos, e o filho Flávio Correa Jamil Georges, 35 anos, foram indiciados pela Polícia Civil do Estado pela execução, em 11 de junho de 2018, do ex-chefe da segurança da Assembleia Legislativa, o sargento PM Ilson Martins Figueiredo, de 62 anos.

De acordo com o inquérito, o “Rei de Fronteira”, como Fahd Jamil é mais conhecido na região de Ponta Porã (MS), encomendou o assassinato do policial militar como vingança pela morte do seu filho Daniel Jamil Georges, que sumiu em Campo Grande (MS) em 2011 e teve o óbito declarado no ano passado.

O sargento PM foi assassinado na Avenida Guairucurus, na Capital, quando o carro seu carro, um Kia Sportage, foi interceptado por outro veículo onde estava o atirador, uma picape Fiat Toro vermelha. Foram disparados mais de 30 tiros de fuzil AK-47. O utilitário foi encontrado incendiado minutos depois em estrada vicinal, na saída para São Paulo, próximo à BR-163.

Além de Fahd Jamil e do filho Flávio Georges, ambos foragidos desde o dia 18 de junho, também foram indiciados pelo crime o empresário campo-grandense Jamil Name, 83 anos, o filho Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, Melcíades Aldana, o “Mariscal”, apontado como chefe de segurança de Fahd Jamil, e dois ex-guardas civis municipais de Campo Grande Juanil Miranda Lima e Marcelo Rios.

Jamil Name, Jamilzinho e Marcelo Rios já estão presos no Presídio Federal de Mossoró (RN), enquanto Juanil Miranda Lima também está foragido. Os cinco delegados de Polícia Civil da força-tarefa pediram a prisão de todos os envolvidos.

Agora, o caso vai para a responsabilidade do MPE (Ministério Público Estadual), que cuida da denúncia oficial. Depois, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri aprecia a peça acusatória e inicia a ação criminal.