Fahd deve ir a júri popular por homicídio do ex-chefe de segurança da Alems. É muito rolo!

O poderoso empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 80 anos, mais conhecido como “Rei da Fronteira”, deve ir a júri popular pelo assassinato do ex-chefe da segurança da Assembleia Legislativa, 1º sargento PM Ilson Martins Figueiredo. O pedido é do MPE (Ministério Público Estadual), que deu parecer para o julgamento e destacou que o octogenário terá a chance de expor as eventuais contradições pelo homicídio.

A decisão de levar os réus a júri ainda vai ser decidida pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Porém, os promotores de Justiça opinaram pela pronúncia de Fahd Jamil, do empresário Jamil Name Filho e do guarda municipal Marcelo Rios, que podem ir a júri por homicídio doloso, motivo torpe e por recurso que dificultou a defesa da vítima. O sargento PM foi executado com tiros de fuzil às 6h30 do dia 11 de junho de 2018 na Avenida Guaicurus.

Como os demais réus estão foragidos, o juiz poderá submeter a júri popular apenas os acusados presos, como Fahd Jamil, em prisão domiciliar, Marcelo Rios e Jamilzinho, que estão detidos no Presídio Federal de Mossoró. O filho de Fahd Jamil, Flávio Correia Jamil Georges, o “Flavinho”, Melcíades Aldana e Juanil Miranda Lima estão foragidos, enquanto Jamil Name morreu em decorrência da Covid-19 e teve a punibilidade extinta pela Justiça.

Delegado do Garras

O MPE é contra novo depoimento do titular do Garras, delegado de Polícia Civil Fábio Peró, para esclarecer o suposto envolvimento de Jamil Name com o desaparecimento do Daniel Alvarez Georges, o “Danielito”, filho do “Rei da Fronteira”, ocorrido em 2011. O pedido para nova oitiva de Peró foi feito pela defesa e tem efeito bombástico, porque Name e Fuad eram compadres.

O suposto envolvimento de Jamil Name com a morte de Danielito foi tema de reportagem da revista Piauí e mencionado no depoimento do delegado. Na declaração, o MPE esclarece que no julgamento haverá oportunidade de a defesa reinquirir as testemunhas que considerar pertinentes, portanto, não se vislumbra qualquer “ofensa ao princípio da ampla defesa e do contraditório, já que será oportunizado à defesa inquirir testemunhas perante os jurados”.

Além do novo depoimento, os advogados pedem acesso ao depoimento sigiloso feito por uma funcionária da família Name, de que o desaparecimento de Danielito estava ligado ao jogo do bicho em Campo Grande. O filho de Fahd Jamil estaria disposto a retomar o comando da contravenção na Capital, que teria sido repassado à família Name no passado.

“Ademais, não se verifica qualquer pertinência em averiguar matéria vinculada na mídia, já que há provas suficientes de que a motivação da morte da vítima ILSON MARTINS FIGUEIREDO foi represália pela morte/desaparecimento de Daniel Alvarez Georges”, pontuaram os promotores de Justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, Luciana do Amaral Rabelo e Moisés Casarotto.