É muito rolo! Jamilzinho terá de pagar R$ 181 mil de condomínio onde tinha “fortaleza”

Por determinação da Justiça, o empresário campo-grandense Jamil Name Filho, 43 anos, mais conhecido como “Jamilzinho”, que está preso desde o dia 27 de setembro de 2019 sob acusação de chefiar organização criminosa em Campo Grande (MS), terá de pagar R$ 181,8 mil em dívida de condomínio, somada a honorários dos advogados, da administração do edifício onde era dono da cobertura, no Bairro Santa Fé, na Capital, e a qual transformou em uma verdadeira “fortaleza”.

Segundo o inquérito da Operação Omertà, as portas eram reforçadas com grades e fechaduras em número superior ao costumeiro e, no depósito do subsolo do prédio ao qual cada morador tem direito, foi achado suporte para armas de cano longo. A pendenga envolvendo o pagamento de condomínio começou em 2016 e, em fevereiro de 2020, teve julgamento de recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), rejeitando o pleito de “Jamilzinho”.

Agora em abril deste ano, a parte contrária entrou com pedido para execução do que foi decidido. Dono da cobertura no edifício Parque das Nações, na Rua Itiquira, vizinho ao Shopping Campo Grande, Jamil Name Filho alegou pagar mais de R$ 5 mil, o dobro dos outros moradores. Queria que o valor fosse reduzido, além de receber o que entendia ter desembolsado a mais. Em todas as fases, o entendimento foi favorável à administração do prédio, acatando o argumento de a cobertura contemplar dois imóveis, o 19 e o 20, justificando a cobrança de duas taxas de administração para manutenção do prédio.

O juiz Atílio César de Oliveira Júnior, da 12ª Vara Cível de Campo Grande, mandou notificar o autor da ação, derrotado na contenda, para fazer o pagamento. Se não for cumprido o prazo, inicialmente de 15 dias a partir da notificação, poderá haver penhora de bens para cumprir a sentença. Do montante de R$ 181, 8 mil, R$ 153, 6 mil são referentes à taxa de administração de condomínio. Os R$ 28,2 mil são os honorários dos advogados.

Na ação, foi protocolada petição dos advogados responsáveis pela abertura da ação em nome de Jamil Name Filho, Arthur Vasconcellos Dias Almeidinha e João Alex Monteiro Catan, informaram não ter mais contato com o cliente. Dessa forma, solicitam o envio da intimação diretamente a ele. Jamilzinho, réu por crimes de formação de organização criminosa, tráfico de armas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e homicídio, cumpre prisão preventiva na penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró (RN). Com informações do site Campo Grande News