Com a falta de consideração dos donos de bares e dos seus clientes, a Rua 14 de Julho virou um verdadeiro lixão a céu aberto. Se antes os vizinhos lamentavam o som alto até a madrugada, agora o problema é o lixo que fica depois de mais uma noitada de quem frequenta os estabelecimentos da via.
Todas as manhãs as pessoas que moram na 14 de Julho ou que trabalham nas lojas instaladas na rua têm de deparar com copos plásticos, vasilhames, garrafas de cerveja, de energético, sacolas plásticas e outros objetos que até o diabo duvida que possam ter sido jogados nas calçadas.
Segundo os moradores e pessoas que trabalham no comércio da tradicional via, o lixo começa a se acumular entre as noites de sábado e domingo, principalmente no cruzamento com as ruas Dom Aquino e Antônio Maria Coelho. Tudo resultado da florescente vida noturna da região somada à incivilidade de empresários e consumidores.
O problema, que fique claro, não é a abertura de bares no local, mas sim a falta de cuidado e limpeza, que é deixada apenas como obrigação do poder público. Como as equipes da concessionária responsável, a Solurb, não atuam no domingo, o resultado é o visto nas imagens registradas pelo site TopMídiaNews.
Porém, a questão é simples, pois deixar a limpeza apenas a serviço dos outros é, no mínimo, irresponsabilidade dos donos dos bares, que lucram com o local, e também de consumidores,
“Nada contra abrir bares na 14, mas recebem limpos né, têm que ter a obrigação de limpeza”, reclamou um morador da via. “Olha a bagunça que os botecos deixam na 14 com a Maracaju, com a Antônio Maria Coelho, uma barbaridade, uma falta de civilidade total”, completou outro morador.
A situação fica ainda mais destacada após debate envolvendo Campo Grande ter sido escolhida a 2ª melhor capital para se viver no País, com parcela dos moradores da cidade se revoltando contra o levantamento, apontando que ‘não tem o que fazer por aqui, logo estaria errado’. E, se em cada ‘point’ nosso, fica essa sujeira, imagina se tivermos mais…
Parte dos bares da 14 de Julho chegaram a ser fechados em dezembro do ano passado, alvos de fiscalização em operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Militar Ambiental após diversas denúncias registradas por poluição sonora e perturbação do sossego.
Na ocasião, proprietários chegaram a ser conduzidos a delegacia e multados em R$ 5 mil. Além disso, aparelhos de som foram apreendidos pela Polícia, sendo que até a deputada federal Camila Jara (PT-MS), completamente embriagada, chegou a discutir com os policiais militares que tentavam coibir a bardeda.