Disputa por patrimônio milionário de João Amorim entre filhas, esposa e irmã vai parar na delegacia

A disputa judicial entre três filhas, esposa e irmã pelo patrimônio milionário do empresário João Amorim, que é acusado de ser um dos chefes da organização criminosa investigada na “Operação Lama Asfáltica” e réu na “Operação Coffee Break”, foi parar até em uma delegacia da Polícia Civil

O imbróglio judicial vale uma fortuna de R$ 100 milhões da Agropecuária Areias, que inclui quatro fazendas e 20,6 mil cabeças de bovinos da raça nelore, e começou quando as filhas mais velhas dele, Ana Lúcia Amorim e Renata Amorim, ingressaram na Justiça para pedir a dissolução da agropecuária.

O pedido gerou reação imediata da outra parte interessada, que inclui a esposa do empresário, Tereza Cristina Pedrossian Cortada Amorim, a filha dela com ele, Ana Paula Amorim, e a irmã dele, a ex-deputada estadual Antonieta Amorim (MDB).

Presidida pela esposa do empresário, Tereza Cristina Pedrossian Cortada Amorim, a Areias Patrimonial é dona das fazendas Theomar III, São Bento, Areias, São Bento e Papagaio. Apenas a última está avaliada em R$ 29 milhões e teria sido usada para quitar propina ao senador Nelsinho Trad (PSD-MS) quando era prefeito de Campo Grande para favorecer o consórcio Solurb na licitação da concessão da coleta do lixo da Capital.

Conforme os autos, que tramitam na 16ª Vara Cível de Campo Grande, as propriedades possuem 20,1 mil cabeças de gado da raça nelore. Em média, o rebanho da família Amorim pode valer em torno de R$ 60 milhões. O patrimônio ainda inclui veículos, cavalos, galinhas, casas, entre outros bens.

O valor do patrimônio da agropecuária vai ser avaliado pela empresa Vinícius Coutinho Perícias & Consultoria, nomeada pela Justiça. No entanto, a perícia está suspensa porque as filhas, a esposa e a irmã do empresário estão discutindo no Tribunal de Justiça qual será a taxa de juros a incidir sobre o valor a ser dividido entre as cinco sócias.

A briga pela Areias Patrimonial começou em 13 de agosto de 2021, quando as irmãs Ana Lúcia Amorim e Renata Amorim registraram boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Civil de Bonito contra a madrasta, Tereza Cristina Amorim. Elas disseram que a empresária interveio nas administrações das fazendas Papagaio e São Bento, que estavam sob o comando de ambas.

Tereza Cristina só não mexeu no comando da Fazenda Areias, delegada para Antonieta Amorim. Conforme o boletim de ocorrência, ela excluiu as enteadas das decisões, passou a omitir relatórios sobre vendas e ainda impediu a participação em reuniões sobre a administração das propriedades.

Após o caso chegar à Polícia, as irmãs Ana Lúcia Amorim e Renata Amorim ingressaram com ação de dissolução de sociedade em junho de 2022. O juiz Flávio Saad Peron, da 16ª Vara Cível, acatou o pedido e decretou a dissolução retroativa a junho de 2022.

Ana Lúcia Amorim e Renata Amorim estão juntas na guerra pelo patrimônio da Agropecuária Areias Patrimonial, sendo que elas enfrentam a irmã mais nova, Ana Paula Amorim, a tia, Antonieta Amorim, e a madrasta, Tereza Cristina Pedrossian Cortada Amorim. As irmãs são sócias em outras empresas. No total, a guerra pelo patrimônio de João Amorim conta com sete ações na Justiça de Campo Grande. Com infos O Jacaré

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