Daqui prá lá, de lá prá cá! Extradição de sócio de Messer para o Brasil deve ser no fim de semana

A juíza criminal Alicia Pedrozo aceitou, ontem (27), o pedido de extradição do doleiro brasileiro Bruno Farina, sócio do “doleiro dos doleiros” Dario Messer, solicitado pela Justiça do Brasil para que seja julgado por vários crimes no âmbito da investigação chamada Lava Jato no Rio de Janeiro o que deve acontecer nesse fim de semana.

 Bruno Farina foi levado pela polícia para uma audiência de identificação perante à juíza Alicia Pedrozo no âmbito do processo de extradição. No ato, foi corroborado que ele é uma pessoa procurada pelo Brasil.

A magistrada também perguntou a Farina se aceitava submeter-se à extradição abreviada, o que foi prontamente aceito por ele, simplificando o procedimento de extradição que geralmente dura anos devido aos recursos.

Terminada a audiência, a juíza Alicia Pedrozo resolveu abrir espaço para o pedido e notificou tanto o Escritório de Assuntos Internacionais quanto à Interpol de sua decisão.

 Por sua vez, Bruno Farina, que é procurado internacionalmente pelo caso Lava Jato, conversou com a mídia ao deixar o tribunal. “Se fosse por mim, eu queria ir agora. Eu sou brasileiro e não tenho nenhuma pendência judicial aqui. No Paraguai não tenho absolutamente nenhum problema. Eu moro há três anos no Paraguai. Eu estava escondido porque meu advogado no Brasil me pediu um tempo. Foi uma decisão do meu advogado, não meu”, disse.

No que diz respeito à ligação com a Dario Messer, ele declarou o seguinte: “Eu nunca cumprimentei o Sr. Messer, eu não o conheço. Eu nunca fiz negócios com ele ou conheço suas empresas. Eu não estou nesta atividade. Eu trabalho na área da saúde.”

Farina, de acordo com a juíza Alicia Pedrozo, ficará sob custódia enquanto sua transferência é organizada no Departamento Judiciário da Polícia Nacional do Paraguai. Enquanto isso, o promotor de Assuntos Internacionais, Manuel Doldán, disse que já fez a comunicação à Embaixada do Brasil, Interpol e BCN Brasília para coordenar a entrega de Farina às autoridades brasileiras, o que irá provavelmente ser cumpridas neste fim de semana.

Bruno Farina foi capturado na última quarta-feira às 20h30 na residência de sua sogra, localizada no Paraná Country Club, na cidade paraguaia de Hernandarias, onde ele estava escondido. O brasileiro tinha um mandado de prisão em aberto desde 30 de abril.

Já a advogada Letícia Bóveda, que faz a defesa Dario Messer no Paraguai, disse que seu cliente ainda não se entregará porque supostamente não tem garantias. Além disso, ela negou qualquer conexão da Messer com Bruno Farina. “Ele mesmo disse que não conhece Dario Messer e que ele não tem uma relação comercial com o meu cliente”, completou.