Após 9 dias do assassinato a tiros de mãe e filha, Erika Rodrigues Salomão, 39 anos, e Naila Vitória Rodrigues, 20 anos, o autor do crime, Antônio César Cavalheiro Soares, ex-marido de Naila Rodrigues, continua foragido. As execuções das duas aconteceu no dia 4 de maio, em Ponta Porã (MS), e elas foram mortas em um intervalo de apenas dez minutos.
Enquanto o corpo de Naila Rodrigues ainda estava na calçada em frente ao Hospital Regional de Ponta Porã, o atirador foi até o Supermercado Sol, localizado na Avenida Brasil, a 2,9 km de distância do hospital, e matou a mãe dela, Erika Salomão, que trabalhava no setor de feira do mercado e arrumava as gôndolas quando foi alvejada a tiros na cabeça.
A Polícia Civil informou que a autoria do duplo feminicídio e a materialidade do crime estão definidas, sendo que Antônio Soares já teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e já é considerado foragido. O criminoso teria se refugiado na região de Cerro Corá, a 38 quilômetros da linha internacional, no Paraguai.
Policiais civis de Mato Grosso do Sul já comunicaram a Polícia Nacional do Paraguai sobre a possibilidade de o criminoso estar escondido no país vizinho, mas até agora Antônio Soares ainda não foi localizado. As duas mulheres foram executadas a tiros, sendo que Naila Rodrigues foi morta com uma pistola calibre 9 mm e Erika Salomão com um revólver calibre 38.
Além disso, o assassino utilizou um veículo Toyota para cometer o duplo homicídio. A Polícia Civil apreendeu imagens de câmeras do mercado mostrando a execução. O carro usado nos crimes também foi apreendido depois de ser encontrado abandonado na casa de outra ex de Antônio Soares, que teria fugido de motocicleta.
O motivo para as execuções seria o fato de Naila Rodrigues ter terminado o relacionamento com Antônio Soares, sendo que ambos moravam em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). Após 35 dias do fim do relacionamento, ele decidiu matar a ex-mulher e a ex-sogra, a quem culpou pelo fato de a ex-esposa o deixar.
No dia em que Naila Rodrigues deixou Antônio Soares, ele prometeu que iria matá-la. Ele então procurou a Polícia Militar em Ponta Porã para denunciar as agressões do dia 1º de abril, mas não seguiu a orientação dos PMs de comunicar o caso também à Polícia Civil e à Polícia Nacional, pois a violência doméstica havia ocorrido em território paraguaio.