Condenado a 88 anos por mutilar mulheres, médico se livra da tornozeleira eletrônica. Dá pra acreditar?

Após ganhar direito à prisão domiciliar, o ex-médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, 65 anos, condenado a 88 anos de prisão por mutilar 190 mulheres em cirurgias plásticas em Mato Grosso do Sul, agora também se livrou do uso de tornozeleira eletrônica para se tratar de um câncer. A decisão é do juiz Fernando Chemin Cury, da 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande.

Alberto Rondon ficou preso em regime fechado por cerca de cinco meses e foi beneficiado com o uso de tornozeleira eletrônica no ano passado também devido ao indulto da Covid-19. Ele voltou para a cela em fevereiro, quando decisão anterior havia negado a prisão domiciliar, mas, ficou pouco mais de um mês, pois, uma nova determinação revogou o que tinha sido decidido e o ex-médico passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

De acordo com a defesa, Rondon sofre uma neoplasia maligna de laringe e precisa ser submetido a sessões de quimioterapia e radioterapia pelos próximos dois meses. Então, os advogados pediram a retirada da tornozeleira eletrônica. Enquanto ingressava com recursos para questionar as sentenças, o ex-médico residia em Bonito (MS), considerado um dos paraísos ecológicos mais lindos do Brasil.

No dia 8 de agosto de 2019 a juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, condenou Rondon a mais 46 anos de prisão em regime fechado por ter mutilado cinco mulheres e por corrupção no Previsul – a parte de assistência médica do órgão ficou com a Cassems. Essa decisão ainda não transitou em julgado.