Chefe de presídio de Naviraí é denunciado por mais 10 mulheres por assédio sexual. E agora?

O chefe da unidade prisional de Naviraí foi denunciado à Corregedoria Geral da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) por mais 10 mulheres por assédio sexual. As investigações iniciaram-se após uma servidora registrar boletim de ocorrência contra o colega de trabalho.

Na época, a vítima contou que, depois do ocorrido, decidiu procurar o diretor do presídio, que ignorou a denúncia e ainda disse que ela estaria mentindo. Foi então que ela decidiu registrar um boletim de ocorrência contra o policial penal.

Além do servidor em questão, a corregedoria também apura denúncias de assédio moral por parte de uma servidora que agora tem cargo de chefia na unidade e também investiga se houve prevaricação do diretor da unidade.

Quatro membros da corregedoria estiveram no presídio da cidade nos últimos dias 9 e 10 deste mês e ouviram 30 policiais penais. De acordo com depoimentos, mais de dez mulheres, entre servidores e mulheres de presos, sofreram assédio sexual por parte do servidor em questão que inclusive foi transferido de unidade.

O primeiro caso denunciado está sendo investigado pela Polícia Civil e o outros apurados pela corregedoria e Ministério Público Estadual. No caso da primeira vítima, ela trabalha no presídio desde 2019 e, desde então, passou a sofrer os assédios pelo colega, que ocupa um cargo de chefia na unidade prisional.

A colega que ocupava o cargo da vítima antes de ela ser lotada no presídio de Naviraí já tinha alertado o agente, pois também tinha sofrido assédio por parte dele. A vítima descobriu, ainda em 2019, que estava grávida e chegou a ouvir comentários de tal colega, que disse que ela “tinha um corpão, mas que foi engordando”.

Foi quando a agente contou a ele da gravidez. Mesmo assim, o acusado continuou com as ‘piadas’ de cunho sexual, inclusive na frente de outros servidores. Até ser afastada pela licença maternidade, a vítima continuou sendo assediada diariamente pelo agente, que chegou a dizer que ela “estava boa, mesmo grávida”.

Quando voltou da licença, os assédios se intensificaram. A agente alega que chegou a ser proibida de ir a determinado pavilhão, pois o acusado dizia que ela só ia lá para “mostrar a bunda para os presos e agentes”. A vítima decidiu procurar o diretor do presídio, que ignorou a denúncia e ainda disse que ela estaria mentindo. Após tal denúncia, o acusado ainda passou a assediar moralmente a vítima, que por fim decidiu registrar boletim de ocorrência sobre o caso. Com informações do site Midiamax