Caso Sophia: Calados diante do Juiz padrasto e mães não confessaram o crime

Jean Carlos Ocampo, pai biológico de Sophia Jesus Ocampos, que morreu aos 2 anos de idade após sofrer maus-tratos e abusos sexuais do padrasto Christian Leitheim com conivência da mãe dela, Stephanie de Jesus da Silva, criticou, ontem (28), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, a ex-mulher e o padrasto da filha pela decisão de se manterem calados perante o juiz.

 

“Eles foram capazes de ter feito, mas não são capazes de bater no peito e assumir que foram eles, porque era uma criança de 2 anos e 7 meses que não tinha o direito de se defender”, declarou. Em poucas palavras, a mãe da menina justificou a decisão de não se pronunciar na audiência de hoje. “Eu queria muito responder às perguntas porque é muito difícil, me dói muito. Queria esclarecer a verdade, mas por pedido da minha defesa, vou me manter em silencio”, explicou.

 

A defesa do casal disse que a mãe e o padrasto de Sophia irão se pronunciar apenas depois que a perícias nos aparelhos celulares forem concluídas pela equipe especializada do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Uma testemunha, ouvida nesta tarde, disse que o padrasto tratava bem a menina, no entanto, afirmou que considerava Sophia triste e que a menina quase não participava de brincadeiras com outras crianças.

 

Segundo o juiz Aluísio Pereira dos Santos, que conduziu a audiência, o processo segue para fase de alegações finais. “Primeiro será intimado o MPE (Ministério Público Estadual), depois a assistente e por fim as defesas com relação as perícias. As perícias serão juntadas nos autos assim que forem realizadas, antes do julgamento final para que as defesas tenham acesso ao que foi dito”, informou.