Caso Carla: Monstro muda versão na frente do juiz e diz que estuprou vítima ainda viva

Ao participar de audiência com o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, o auxiliar de pedreiro Marcos André Vilalba de Carvalho, 21 anos, assassino confesso da jovem Carla Santana Magalhães, de 25 anos, ocorrido na noite de 31 de junho deste ano no Bairro Tiradentes, disse que mentiu na fase de interrogatório policial e revelou ter estuprado a vítima em vida.

Essa é a primeira vez que ele admite a violência sexual dessa forma, pois na fase de investigação pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) o assassino disse que tinha feito sexo com o cadáver da garota. Marcos de Carvalho teria, depois de atacar a vítima na rua com um golpe mata-leão, levado a jovem para quitinete alugada onde vivia há menos de um ano e matado com golpes de faca.

Depois, lavou o corpo no chuveiro e ainda violou o cadáver, abandonando o corpo dias depois em um bar na esquina da rua onde ambos viviam. Como o processo está em sigilo, não se tem acesso ao conteúdo do interrogatório do réu, que durou cerca de meia hora, por meio de videoconferência a partir do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), onde o acusado cumpre prisão preventiva.

Os relatos são da assistência de acusação, a cargo do criminalista Fábio Trad Filho, e da defesa de Marcos de Carvalho, representado no processo pela advogada Michelli Francisco. Fabio Trad Filho afirma que o teor do depoimento do assassino confesso indica o cometimento tanto de estupro quando do vilipêndio do cadáver, enquanto Michelli Francisco diz que o cliente negou ter violado o cadáver depois da morte e admitiu que a estuprou antes de atingir com golpes de faca com lâmina de 30 centímetros.

No tempo em que foi ouvido, o réu disse que cometeu o assassinato sob efeito de álcool e drogas. Também confirmou ter ficado ressentido com a vizinha de rua por ela não responder seus cumprimentos. A audiência foi a última para ouvir testemunhas. Agora, o caso vai para as alegações finais, quando a acusação e a defesa apresentam seus entendimentos para apreciação do juiz Aluizio Pereira dos Santos, que vai definir se o réu vai ser levado ao júri popular.

Marcos de Carvalho é acusado homicídio duplamente qualificado, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio, em razão de menosprezo pela condição de mulher, com punição prevista de 12 a 30 anos. Também é réu por vilipêndio de cadáver, com pena entre um e três anos, e ocultação de cadáver, cuja punição é de um a três anos de prisão. Com informações do site Campo Grande News