Caso Carla: Após barbarizar jovem, assassino quer excluir acusação de feminicídio do processo

A defesa do auxiliar de pedreiro Marcos André Vilalba de Carvalho, 21 anos, assassino confesso da jovem Carla Santana Magalhães, de 25 anos, ocorrido na noite de 31 de junho deste ano no Bairro Tiradentes, em Campo Grande (MS), solicitou à Justiça que seja retirada da acusação o crime de feminicídio. O pedido está nas alegações finais da ação penal sobre o caso e agora aguarda a decisão do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Segundo o site Campo Grande News, a advogada Michelli Francisco anota na peça processual que o cliente confessou o crime, mas discorda da inclusão da qualificadora de feminicídio feita pela Polícia Civil na fase de inquérito e mantida pelo MPE (Ministério Público Estadual) na denúncia.

“É notório que a motivação para matar a vítima, não teve relação coma condição do gênero da mesma, pois o feminicídio é uma qualificadora do homicídio doloso, sendo um delito praticado contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”, afirmou a defensora.

Preso desde 19 de julho, Marcos André Vilalba é réu por feminicídio, ocultação de cadáver e ainda estupro, esse tipo crime acrescentado à acusação depois que ele mesmo admitiu, em juízo, ter violentado Carla   antes e depois da morte. A pena máxima pode chegar a 43 anos, se forem mantidas todas as acusações. A lei penal brasileira só permite prisões de até 40 anos.