Cafetina agenciava programas com adolescentes para políticos, servidores e empresários. Cadeia neles!

A DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), da Polícia Civil de Bataguassu, desmontou uma rede de prostituição de adolescentes na cidade sul-mato-grossense e prendeu a cafetina identificada apenas como “Darle Dominical”, 31 anos.

De acordo com as investigações, a cafetina, que foi presa durante a operação contra exploração sexual de vulneráveis na quinta-feira (23), aliciava adolescentes e as prostituía para clientes, entre eles, ex-vereadores, servidores públicos, empresários e até policiais militares.

Um dos locais onde os programas sexuais eram feitos seria a casa de um dos policiais militares, que participava dos programas sexuais com as adolescentes. A investigação iniciou após uma adolescente de 16 anos, juntamente com a tia, denunciar a cafetina por agressão no ano passado.

Na época, a menina contou que foi agredida porque a mulher achava que ela teria um relacionamento com o dono de uma conveniência. Em depoimento, a garota contou que teve um relacionamento com um policial militar e ele era quem teria lhe apresentado a cafetina, dizendo que poderia arrumar um trabalho bom para ela.

No dia seguinte, a autora enviou mensagem afirmando que já tinha clientes para a garota que, desde então, começou a fazer programas sexuais. O programa era de R$ 250, sendo R$ 200 da menina. Além da casa de um policial, indicada pela menor, os programas também eram feitos em hotéis.

Na casa desse policial, inclusive, foi realizada uma festa, com outras menores também se prostituindo. A cafetina chegou a ser presa no dia 8 de fevereiro deste ano devido a cumprimento de mandado de prisão contra ela e um homem.

Com ela foi apreendido dinheiro, notebook, três aparelhos celulares, um DVR HD, faca e uma munição calibre .38. A operação aconteceu na quinta-feira (23) em Bataguassu. O casal de cafetões foi preso com um book de fotos de adolescentes, que era usado como forma de “cardápio” para possíveis clientes.

A DAM de Bataguassu indiciou 14 pessoas, entre servidores públicos, empresários e ex-vereadores. A investigação da polícia buscava autoria de agenciadores, clientes e proprietários de ranchos e motéis. Com isso, mais de 20 pessoas foram ouvidas e sigilos telefônicos e bancários foram quebrados.