Cadê o homem? Foragido desde 18 de junho, Fahd Jamil é incluído em processo da Operação Omertà

 

O empresário ponta-poranense Fahd Jamil, 79 anos, mais conhecido como “Rei da Fronteira”, foi incluído no processo da Operação Omertà, que investiga uma organização criminosa responsável por várias execuções em Campo Grande (MS). O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, aceitou a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) contra o “padrinho” e seu filho, Flávio Correia Jamil Georges, 35 anos, por obstrução da Justiça.

 

Além disso, também foram denunciados o empresário campo-grandense Jamil Name, 83 anos, o filho dele, Jamil Name Filho, 42 anos, o “Jamilzinho”, e o delegado de Polícia Civil Márcio Obara. Dos cinco indiciados, apenas Fahd Jamil e o filho estão foragidos desde o dia 18 de junho deste ano, quando foi deflagrada a terceira fase da Operação Omertà, enquanto os outros três estão presos.

 

A denúncia contra Fahd Jamil e Flávio Georges decorre da investigação da morte de Ilson Martins de Figueiredo e da apuração das mortes de Alberto Celin Gonçalves. Em meio às investigações, foram levantados indícios de que o delegado Márcio Obara, na época na Delegacia de Homicídios, teria recebido R$ 100 mil para interferir na apuração da execução de Ilson de Figueiredo, vítima da organização criminosa que seria chefiada por Jamil Name.

 

A vítima trabalhava como segurança na Assembleia Legislativa e foi assassinado no dia 11 de junho de 2018 com mais de 35 tiros quando estava em seu carro, uma SUV Kia Sportage, na Avenida Guaicurus. Além disso, Fahd Jamil, Flávio Georges, Jamil Name, Jamilzinho e o guarda municipal Marcelo Rios tornaram-se réus por corrupção ativa devido ao pagamento de R$ 100 mil ao delegado, que virou réu por corrupção passiva.