Autoridades fazem um novo “arrastão” contra integrantes do PCC com 20 equipes nas ruas

Numa segunda operação em menos de um mês o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) foi às ruas na manhã desta segunda-feira (18) para cumprir mandados em mais uma operação em Campo Grande. contra integrantes do PCC – Primeiro Comando da Capital.

A última operação aconteceu, no dia 25 de março, quando advogados e advogadas chegaram a ser presos por envolvimento com a facção criminosa.

Informações preliminares sobre a operação do Gaeco são de que 20 equipes, sendo sete do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e 13 do Choque estão em diversos pontos de Campo Grande cumprindo mandados. Ainda não se sabe o número de mandados e se há presos.

São cumpridos 67 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande, Dourados, Amambai, Bela Vista, Corguinho, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina e Rochedo. Durante as investigações contra a facção criminosa PCC, descobriu-se que, mesmo do interior dos presídios, os faccionados com uso de celulares mantinham contato com integrantes fora dos presídios.

As ações dos faccionados eram para autorizar, gerenciar, coordenar e praticar crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, roubo, sequestros e homicídios em Mato Grosso do Sul. O Gaeco ainda identificou diversos crimes relacionados à estrutura financeira e orgânica do PCC, uma vez que as condutas investigadas diziam respeito à movimentação criminosa da facção para angariar capital ilícito, bem como punir e manter a disciplina de integrantes que não seguiam as diretrizes da organização criminosa como deixar de quitar débitos com a comercialização de drogas ou arrecadação das “rifas” — espécie de loteria do crime.

A última operação foi deflagrada no dia 25 de março, com  alvos nos advogados do PCC, que integravam o grupo ‘Sintonia dos Gravatas’. Quatro advogados acabaram presos, além de servidores públicos.

Operação Courrier

Cerca de 15 advogados foram presos durante as investigações do Gaeco sobre o núcleo ‘Sintonia dos Gravatas’, do PCC. Parte destes, com mandados de prisão e busca e apreensão, foram alvos da Operação Courrier. Conforme o relatório da operação do Gaeco, os advogados são suspeitos de integrarem a facção criminosa, repassando recados entre os membros que estão presos.

Entre eles, um advogado seria do estado de São Paulo e atua na defesa de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como liderança da facção. Entre os investigados também estão dois servidores da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, um deles preso na operação e outro exonerado do cargo, além de dois policiais penais, um também preso.

Já entre os integrantes da facção que estão presos, foram apontados 5 como lideranças do PCC, que mantinham contato direto com os advogados investigados. A operação no dia 25 cumpriu 38 mandados, entre os de busca e apreensão e os de prisão. Fonte: Midiamax