Assassino de policiais é morto ao reagir a prisão na madrugada. Ele atirou na cabeça dos agentes

Um crime brutal que pode estar esclarecido. O duplo homicídio de dois policiais ontem (09-06) no final da tarde no centro de Campo Grande teve desfecho durante a madrugada quando suspeito de ter atirado na nunca dos agentes foi morto ao reagir a prisão na região sul da Capital. Ele foi levado para a Santa Casa mas não resistiu aos ferimentos.

Ozeias Silveira de Moraes, de 45 anos, era vigilante e estava armado. Seu revólver um 38 era registrado e legalizado, de acordo com a polícia.

Tanto Ozeias, como William Dias Duarte Cormelato estavam sendo conduzidos para a delegacia durante uma investigação de roubo de joias e celulares em bairro nobre de Campo Grande.

O preso, William Dias Duarte Cormelato (devidamente algemado por ter um mandado de prisão em aberto por violência doméstica) e Ozeias, suspeito (em cumprimento a lei de abuso de autoridade, sem algemas),

Na rua Joaquim Murtinho próximo a Fernando Corrêa da Costa, Ozeias teria sacado a arma e atirado na nuca dos dois policiais, fugindo em seguida.

Willian saiu correndo pela avenida algemado e foi flagrado por câmeras de segurança que mostram ele sendo perseguido por policiais. Ele foi preso logo em seguida e negou ter participado do duplo homicídio.

Já Ozeias fez uma motorista de refém e seguiu para a região da avenida Guaicurus, sul da Capital.

“Caçado” durante toda a noite o matador dos policiais foi morto ao reagir a prisão. Participaram das buscas: Batalhão de Choque, Grupamento aéreo, Garras Derf, Polícia Militar e Polícia Civil.

Segundo o diretor-geral da Policia Civil, Marcelo Vargas, a Derf investigava um roubo de joias e celulares na Rua Euclides da Cunha e chegou até William. Como ele já tinha em aberto mandado de prisão por violência doméstica, foi algemado para ir à delegacia prestar esclarecimentos.

Ozeias também é suspeito do roubo, mas sem mandado de prisão, acabou transportado apenas para averiguações.

No entanto, durante coletiva a polícia alega que ele seria “testemunha”. Então por que atirou nos policiais?

Estranho, mas o que os policiais não sabiam é que ele entrou armado na viatura com revólver calibre 38. Por que ele não foi revistado?

E porque ele não foi algemado?

“Assim está explicitado na súmula vinculante 11 do STF: lei. O uso de algemas só é lícito em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros”.

“Que Lei é esta que preserva o Bandido e mata o policial?,” desabafou o diretor-geral da Polícia, delegado Marcelo Vargas.

Os dois homens eram transportados em veículo Fiat Mobi usado como viatura descaracterizada, quando tudo aconteceu.

A Derf é uma das poucas delegacias que tem carceragem grande e por isso recebe muitos presos.

Foram mortos os investigadores Antônio Marcos Roque da Silva, 39 anos, que estava na polícia desde 2006 e Jorge Silva dos Santos, 50 anos, desde 2002