Depois de uma trégua de cinco dias, os crimes de pistolagem na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul voltaram nesta sexta-feira (07) com as execuções de dois homens no intervalo de menos de 24 horas. Com essas duas mortes, o número de assassinatos na região chega a 59 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril e 6 em maio.
A primeira execução foi na noite de quinta-feira (06), quando pistoleiros mataram Rosalino González Brites, 23 anos, em Sanja Pytá, cidade paraguaia que faz fronteira Sanga Puitã, distrito de Ponta Porã (MS). A vítima chegou a ser socorrida pela Polícia Nacional Paraguaia e encaminhada para o Hospital Regional de Ponta Porã, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
Rosalino Brites foi baleado por pistoleiros que utilizavam uma picape Saveiro, de cor branca, quando ainda estava em Sanga Puitã. Mesmo ferido, ele conseguiu fugir para Sanja Pytá, onde foi socorrido pelos policiais paraguaios e, como era brasileiro, foi levado para o Hospital Regional de Ponta Porã, onde faleceu horas depois.
Já a segunda execução foi na noite de ontem (07) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã, e trata-se de Fabio Adriano Cáceres Villanueva 35 anos. Ele foi surpreendido por dois pistoleiros em uma moto, enquanto seguia em uma S10, pela Rua Mariscal Lopez, no Bairro San Antonio.
Os criminosos atingiram o veículo com dezenas de tiros e fugiram logo em seguida. Um policial paraguaio chegou a colocar o corpo da vítima no lado do passageiro e saiu em disparada com o veículo rumo ao Hospital Viva Vida, mas o óbito foi constatado. A Polícia Nacional do Paraguai vai analisar as imagens das câmeras de segurança da área para tentar identificar os pistoleiros.