Após traição, Senadora vira alvo de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul. “Vai derreter”!

O Palácio do Planalto iniciou o contra-ataque à traição da senadora Soraya Thronicke (PSL/MS), que votou contra o presidente Jair Bolsonaro no Senado Federal à manutenção do veto pelo congelamento de salário de servidores federais e chamou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de irresponsável.

Segundo apurou o Blog, a ordem é detonar com o prestígio da senadora Soraya Thronicke em Mato Grosso do Sul. As campanhas contra ela no Twitter já começaram, com acusações de traição e, mais importante, ordem para retirada de verbas e de cargos obtidas por ela e seu aliados no Governo Federal.

O Palácio do Planalto teria autorizado tirar todo o apoio que a senadora obteve por apoiar o presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, a situação não é melhor, pois grupos de apoio a Jair Bolsonaro subiram a hashtag #DerreteSoraya e a senadora já ganhou o apelido de “Joice Hasselmann do Pantanal” em alusão a outra parlamentar acusada de trair o presidente da República.

No entanto, o contra-ataque de Jair Bolsonaro não ficou só nas redes sociais, pois já foi publicada na edição de 24 de agosto do Diário Oficial da União a exoneração de José Magalhães Pinto, o “Zé do Megafone”, da Funai de Campo Grande, que tinha sido indicado pela senadora sul-mato-grossense para o cargo.

Soraya é acusada de traição após dois fatos que retumbaram na base de apoio de Jair Bolsonaro. Primeiro, votou no Senado pela derrubada do veto do presidente que impedia aumento de salários de servidores da linha de frente do combate à Covid-19 durante a pandemia. O governo perdeu a votação na Casa maior por dois votos – depois o veto foi mantido pela Câmara dos Deputados.

Não satisfeita, Soraya atacou e pediu a demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Esclareci que o ministro Paulo Guedes mentiu, e que [ele] é absolutamente inábil para a política”, postou, no Twitter. “Peço a governo de Jair Bolsonaro que se conscientize de que Paulo Guedes não entrega. Está na hora de este senhor ranzinza e irresponsável ir para casa. O Brasil tem pressa”.