Após atentado que matou prefeito, interina comanda Pedro Juan sob forte proteção policial

Depois do atentado que matou o prefeito da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, a prefeita interina Carolina Yunis Acevedo, cunhada do antecessor, está administrando o município sob um forte esquema de segurança. Agentes da Polícia Nacional do Paraguai cercam o prédio da Prefeitura e vigiam o gabinete da nova gestora, sendo que ela também contratou guarda-costas particulares para reforçar ainda mais a segurança.

A prefeita interina ainda conta com um furgão blindado da Polícia Nacional do Paraguai para ajudar na vigilância ostensiva. De acordo com relatos de moradores de Pedro Juan Caballero e de Ponta Porã (MS), a presença de tropas policiais na rua ainda é visível, mas não como o mesmo efetivo nos dias subsequentes ao atentado.

Helicópteros da Força Aérea do Paraguai e também da Polícia Federal do Brasil fazem frequentes sobrevoos sobre a cidade. Antes de tomar posse como prefeita interina por ser presidente da Câmara Municipal e por força da Lei Orgânica do Município, que não tem a figura do vice, Carolina Yunis Acevedo já relatava preocupação com a sua própria segurança.

“Não é só medo, estou apavorada porque não sabemos mais o que esperar dessas pessoas. Já mataram minha filha, que não tinha absolutamente nada a ver com isso, e agora o prefeito”, afirmou a prefeita interina, sem esconder a preocupação. “A questão é: meu Deus, quem é o próximo?”, questionou.

Ela é esposa do governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo, e mãe de Haylée Carolina Acevedo, de 21 anos, que estava entre os mortos da chacina do dia 9 de outubro de 2021 na cidade fronteiriça. Ela saía de uma festa com outras quatro pessoas quando o carro foi atingido por mais de 100 disparos.

 

Investigação paralela

Sem confiar na Polícia paraguaia, a família do ex-prefeito de Pedro Juan Caballero faz investigação paralela para descobrir quem são os culpados. Na tarde de quarta-feira (25), o governador de Amambay se encontrou com o procurador Federico Delfino e também com o comandante da Polícia Nacional do Paraguai, Gilberto Fleitas.

A reunião aconteceu no Ministério Público e foi marcada para tratar das apurações sobre o assassinato do prefeito e também da violência em Pedro Juan Caballero. Para Ronald Acevedo, que é irmão do ex-prefeito, a reunião não teve nenhuma novidade. Mais uma vez crítico à ação do Governo Federal, ele disse que as autoridades apresentaram os mesmos resultados há dois dias. “Foi mais para me tranquilizar”, disse o governador, ressaltando que na próxima semana deve apresentar informações das investigações paralelas. Com informações do site Midiamax