Após anunciar calote, Pantanal Cap recorre para reaver R$ 100 mil apreendidos e reabrir as portas

Foto do Garras - oto: Kisie Ainoã - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Após anunciar que os clientes que compraram os boletos para o sorteio programado para o último domingo (06) não serão reembolsados, a empresa de título de capitalização Pantanal Cap recorreu à Justiça para a devolução de objetos e de R$ 100 mil apreendidos no dia 2 de dezembro, durante a 6ª fase da Operação Omertà.

O deputado estadual Jamilson Name (sem partido), titular da empresa Fena Consultoria e Assessoria Empresarial e que detém os direitos da Pantanal Cap, também acionou a Justiça na tentativa de liberar o acesso ao prédio onde funciona a empresa e que foi lacrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

A defesa cobra a devolução de um notebook MacBook Pro, da Apple, e de mais de R$ 100 mil encontrados na casa de Jamilson. Do total, R$ 3.240 estavam no quarto do parlamentar, outros R$ 3.500 foram encontrados na sala e R$ 2.620 na carteira da esposa de Jamilson. A maior quantia, R$ 100 mil, eram distribuídos em maços de notas de R$ 100, dentro do cofre do quarto.

Na residência do deputado havia ainda US$ 500,00, que também foram apreendidos, comprados do Banco Safra, o equivalente a cerca de R$ 2,6 mil em moeda nacional. No entanto, apesar de R$ 109.360, na petição o advogado solicita apenas a devolução dos R$ 100 mil que estavam no cofre, de R$ 3.100 que estariam com a esposa de Jamilson para “compras no supermercado”, além dos 500 dólares.

O advogado Gustavo Passarelli, que representa o parlamentar, sustenta que os valores são lícitos, de origem comprovada e declarados. Na verdade, Jamilson teria meio milhão em espécie guardados, conforme a declaração de imposto de renda apresentada ao Gaeco. Na declaração…consta expressamente a disponibilidade, em moeda corrente, de R$ 500.000,00. Assim, perfeitamente lícito ao Requerente ter em sua residência a quantia apreendida (R$ 100.000,00) que é muito menor do que aquela declarada em seu imposto de renda”, argumenta Passarelli.

Na petição à Justiça, a defesa pede, inclusive, que seja liberado o acesso ao imóvel onde fica a sede da empresa Pantanal Cap. No mesmo local funciona o escritório político de Jamilson, na Rua Uberlândia, Bairro Monte Líbano. “Ocorre que com a determinação da lacração do imóvel está o requerente impedido de acessar seu escritório político, o que é necessário, imprescindível, para o exercício de seu mandato parlamentar…É comum políticos possuírem escritórios para atendimento de seus eleitores e demais assuntos relacionados ao mandato fora da Assembleia Legislativa”, alega em petição o advogado Gustavo Passarelli.

O pedido foi enviado para manifestação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e só depois a juíza responsável, Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, vai decidir a respeito. Com informações do site Campo Grande News