Os advogados de defesa do empresário campo-grandense Jamil Name, 82 anos, que foi preso no dia 27 de setembro de 2019 por suspeita de chefiar milícia armada responsável por inúmeras execuções em Mato Grosso do Sul, recorreram à Justiça após encontrarem dificuldades para cumprir decisão que suspende sete mandados de prisões contra ele.
O despacho do juiz Mário José Esbalqueiro Junior autorizava transferência de unidade hospitalar, como quer a família, para que Jamil Name receba tratamento em local com mais estrutura, contra a Covid-19. Intubado desde o dia 31 de maio, ele tem vaga acertada em hospital privado de Brasília (DF), mas a família está enfrentando problemas para o tramite com o hospital onde o doente está em Mossoró (RN).
A cidade é a mesma onde fica o presídio federal no qual o octogenário cumpre prisão preventiva desde outubro de 2019. No documento anexado ao processo, os advogados Jeferson Borges Junior, Renê Siufi e Tiago Bunning dizem que, a despeito da determinação do magistrado ontem, a situação parece “sem solução”.
“Em resumo, a direção do hospital nega qualquer tipo de contato com familiares ou advogados”, afirma a peça. Conforme descrito, o Hospital alega que aguarda autorização da penitenciária. “Em contrapartida, a penitenciária diz que não pode tomar providências em relação ao hospital. Ou seja, a situação, aparentemente, não encontrará resolução”.
A solicitação é para que a instituição de saúde seja oficiada a cumprir a decisão. A reportagem tentou falar no estabelecimento em Mossoró, mas a informação prestada é de que não poderiam falar da situação do paciente. Com informações do site Campo Grande News