Agonia continua! Ministros confirmam a empresários que fronteira com MS não será reaberta

Os ministros paraguaios Liz Querem (Indústria e Comércio), Euclides Acevedo (Interior) e Bernardino Estigarribia (Defesa) confirmaram ontem (9) aos empresários de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), que foi recusada a principal proposta feita pelo setor empresarial de abertura gradual da fronteira.

Eles tinham sugerido a possibilidade de comercialização em uma espécie de delivery onde os brasileiros poderiam pegar os produtos comprados nas lojas de Pedro Juan Caballero na Linha Internacional, como vinha sendo feito até a semana passada.

A Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviços de Pedro Juan Caballero chegou a elaborar um plano de higienização dos produtos e um esquema de entrega para evitar aglomeração. Conforme o empresário Thomaz Medina, a reunião não apresentou nenhum avanço na tentativa de convencer as autoridades do país vizinho em permitir a comercialização de produtos na fronteira.

Ele detalhou que, na realidade, os ministros voltaram a deixar pendente a situação, não houve nenhuma definição, pois não disseram nem que sim e nem que não, sendo que estarão colocando à disposição do Conselho da Defesa Nacional para ver se aprovam nosso pedido de permitir que se possa entregar os produtos na Linha Internacional.

O empresário completa que todos ficaram decepcionado, uma vez que o documento com a proposta foi entregue aos ministros de forma antecipada e com objetivos específicos. Ele acrescente que não foi solicitada a abertura da fronteira, mas apenas a liberação para vender os produtos seguindo e obedecendo as normas e protocolos de sanitários.

A economia fragilizada após pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que obrigou o fechamento das fronteiras entre Brasil e Paraguai tem causados o caos econômicos em cidades como Salto Del Guairá, Ciudad Del Este e de Pedro Juan Caballero, onde cerca de seis mil postos de trabalho já foram fechados e muitas empresas devem encerrar suas atividades.

Os empresários informam que apenas 30% da capacidade normal foi autorizada, porem lamentavelmente vários empresários não devem retornar pela dificuldade em trabalhar nessa região do Paraguai. Os ministros pediram uma semana de prazo para analisar o pedido dos comerciantes, mas não existe muita esperança de vai haver uma flexibilização por parte do Governo.