Agetran revela que 40% dos motociclistas que trafegam pelas ruas da Capital não têm habilitação

Levantamento da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), com base em blitze realizadas em conjunto com o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) e o BPMTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito), revela que 40% dos motociclistas que trafegam pelas ruas de Campo Grande não têm CNH (Carteira Nacional de Habilitação) ou estão com os documentos das motocicletas irregulares.

 

Atualmente, a frota de motocicletas em Mato Grosso do Sul é de 377. 719 veículos, o que corresponde a 21,23% dos veículos utilizados pela população do Estado, enquanto em Campo Grande a frota de motos é de 140.744 veículos. A Agetran revela que, em cada 10 pessoas abordadas nas blitze de trânsito na cidade, quatro estão sem a CNH ou com o documento irregular.

 

Conforme informações do BPMTran, que trabalha diretamente com fiscalizações nas ruas realizando as blitze, se o motociclista for flagrado dirigindo sem estar com a CNH em dia ou sem ter o documento registrado, a infração é considerada gravíssima e a multa para esses casos é de R$ 880.

 

Caso o infrator não apresente um condutor habilitado para conduzir o veículo, a motocicleta é confiscada pelo batalhão. Porém, se o infrator apresentar um condutor devidamente habilitado na fiscalização, o veículo confiscado é liberado para o habilitado se estiver em dia com as documentações.

 

A BPMTran informa que vem atuando na fiscalização de trânsito para coibir infrações durante as operações e, de janeiro até a semana passada, foram registradas 1.046 notificações de motoristas que estavam dirigindo sem ter CNH, tanto de condutores de carros, quanto de motos.

 

O valor é semelhante ao que foi anotado durante todo o ano de 2022, quando foram registradas 1.495 ocorrências de falta de habilitação dos condutores nas fiscalizações. Já em 2021, 2.035 motoristas foram autuados por dirigir sem a CNH em Campo Grande.

 

O Detran-MS alerta que a CNH não deve ser vista apenas como um documento, mas sim como um processo pelo qual o condutor tem de passar, de aprendizagem teórica e prática, além dos exames psicológicos e médicos que conferem se o indivíduo está apto ou não para dirigir com habilidade.

 

É muito diferente daquele condutor que aprende sozinho ou com amigos, desconsiderando muitas vezes as regras de circulação e de conduta e os conhecimentos de direção defensiva, tão necessários para garantir a segurança.

 

Em nota, o Detran-MS destaca também outros conteúdos exigidos no processo de habilitação, que fazem parte desse diferencial entre os condutores que têm CNH e os que não têm, como conhecimentos de legislação de trânsito e noções de primeiros socorros e de convívio social no trânsito.