Advogado de Dourados preso em operação contra o PCC é solto após ser expulso do Paraguai

O advogado Pedro Martins Aquino, de Dourados (MS), que foi um dos três brasileiros presos na Operação Fronteira Segura, desencadeada ontem (11) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), foi soltado após ter sido expulso do Paraguai e prestar depoimento à Polícia Federal.

Além do advogado, Luiz Guilherme Dutra Toppam e Rafael Sancanari também foram presos na operação, que teve como alvo propriedades usadas pela facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) para o tráfico de drogas em esconderijos.

Oadvogado alegou aos policiais paraguaios que estava apenas passando noite na casa com o cliente, Luiz Guilherme Dutra Toppam, de 25 anos, porque teria audiência hoje cedo no Fórum de Ponta Porã. Como Pedro não é procurado no Brasil, foi liberado pela Polícia Federal.

Seis imóveis foram alvos dos agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), entre eles, o pertencente ao líder do PCC, Giovanni Barbosa da Silva, o “Bonitão”, que já foi preso e expulso do Paraguai, sendo entregue à PF e encaminhado para o Presídio Federal de m Catanduvas (PR).

Carros pertencentes ao PCC também foram apreendidos, assim como vários pés de maconha que eram cultivados em um laboratório em um dos imóveis da facção criminosa. A operação tenta atingir as bases operacionais do grupo criminoso na fronteira.

A Polícia está na busca de capturar os líderes e gerentes da facção, responsáveis por grande parte dos eventos violentos que vêm ocorrendo na fronteira. Segundo o advogado Renan Souza Pompeu, que fez a defesa de Pedro, o cliente foi solto porque não teve flagrante e nem mandado de prisão expedido contra ele.

Entretanto, o aparelho de telefone celular e o notebook dele estão entre os materiais apreendidos durante a operação realizada nesta quinta-feira em Pedro Juan Caballero.