Segundo júri do século da Capital começa nessa segunda-feira com julgamento de Jamilzinho

Nesta segunda-feira (16), começa o 2º júri popular do século de Campo Grande com o julgamento do empresário Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, como mandante da execução do também empresário Marcel Costa Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”.

Diferentemente do primeiro júri popular do século da Capital, neste o réu não estará fisicamente presente no julgamento, mas de forma virtual, por meio de videoconferência, direto da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Já os jurados vão pernoitar em hotéis de Campo Grande até a conclusão do julgamento na quinta-feira (19). Contudo, em caso de imprevisto, o plenário já está reservado para a sexta-feira (20), dada a complexidade dos fatos, número de acusados, advogados e testemunhas.

No primeiro júri popular do século, foram 32 horas de sessão, da manhã de 17 de julho às 23h de 19 de julho. A vítima era o universitário Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos, executado por engano a mando de Jamilzinho, que foi condenado a 23 anos e 6 meses de reclusão.

Além de Jamilzinho, também serão julgados o ex-guarda municipal Marcelo Rios, o policial federal Everaldo de Assis e o também ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira.

O Playboy da Mansão foi executado à queima-roupa em um bar da Avenida Fernando Corrêa da Costa, Vila Rosa Pires, em Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018.

De acordo com a decisão que determinou o júri popular, o pistoleiro Juanil Miranda Lima efetuou os tiros de pistola contra a vítima. Conforme a denúncia, os mandantes foram Jamil Name (falecido) e o filho Jamilzinho.

Pai e filho agiram por motivo torpe, visto que mandaram matar em razão de vingança por agressão anterior praticada pela vítima contra Jamilzinho em desentendimento dentro de uma boate.

Conforme a Promotoria de Justiça, o então guarda municipal Marcelo Rios era de confiança dos Names e um dos responsáveis por receber ordens e repassá-las aos demais, fornecendo suporte nas missões.

O policial federal Everaldo Monteiro de Assis é apontado como intermediário. Ele auxiliava os “homens de confiança” em relação ao suporte necessário à realização das tarefas. Já Rafael teria ocultado a arma usada no crime, enquanto Juanil está foragido.

 

Roteiro

Nesta segunda-feira, a partir das 8h, devem ser ouvidas as testemunhas arroladas pelo MPE (Ministério Público Estadual): três no período da manhã e duas à tarde.

Ainda na segunda-feira, no período vespertino, começa a oitiva das testemunhas da defesa. No caso, três pessoas indicadas por Jamilzinho.

Na terça-feira (17), a partir das 8h, serão ouvidas outras duas testemunhas de Jamilzinho. Na sequência, falam as três pessoas arroladas por Marcelo Rios.

Durante a tarde serão ouvidas as cinco testemunhas de Everaldo. Na sequência, vêm os interrogatórios dos réus e embates entre acusação e defesa.

A intenção é que o julgamento se estenda das 8h às 17h a cada dia. Mas, no primeiro júri da Omertà, a sessão avançou pela noite.

Durante o julgamento, os sete jurados vão pernoitar em hotéis. O juiz ainda vai decidir com a parte se poderão ter acesso ao aparelho celular.

Segurança

O júri terá segurança reforçada, aos moldes de como foi o primeiro julgamento

da Operação Omertà e do narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”.

Não será permitida manifestação dentro do perímetro do Fórum, uso de camisetas com mensagens expressas ou subliminares, fotografias da vítima ou frases de efeitos tais como “Queremos Justiça”.

O público vai entrar no local por ordem de chegada, sem a distribuição de senhas. Os portões serão abertos às 7h. Um telão será colocado no plenário vizinho, caso o total de pessoas ultrapasse a capacidade da sala do julgamento.

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