Segundo reportagem do site Campo Grande News, durante quase um ano os policiais civis da ativa e aposentados, suspeitos de ligação com o tráfico de drogas, e até políticos foram monitorados com escutas telefônicas e quebra de sigilo bancário autorizadas pela Justiça.
Além da corrupção e até crime de tráfico de drogas envolvendo integrantes da Polícia Civil, a investigação revelou a estreita relação entre o suposto traficante João Batista Olmedo Júnior, 39 anos, e os policiais civis aposentados Ronaldo Medina, 67 anos, e Marcos Bello Benites, o “Marquinhos”, atual vereador em Ponta Porã.
João Batista Olmedo é um dos nove investigados que está preso há 11 dias, enquanto Ronaldo Medina e o vereador foram alvos de mandados de busca no dia da operação. O Gaeco chegou a solicitar a prisão temporária de Ronaldo Medina, mas o pedido foi negado pela Justiça.
Enquanto monitorava os alvos da operação, os investigadores do Gaeco descobriram que no dia 27 de setembro do ano passado, Ronaldo Medina e o vereador Marcos Bello escoltaram João Batista Olmedo em viagem a Campo Grande, sendo que Ronaldo Medina conduziu o carro, um Ford Ka sedan branco, que era roubado.
Imagens captadas pelos investigadores mostram o veículo indo buscar João Batista Olmedo os três entrando no veículo em outro ponto da viagem. Três dias depois, Ronaldo Medina foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-463 conduzindo o carro roubado. Ele voltava para a cidade trazendo como passageira a irmã de João Batista Olmedo.
O Gaeco não conseguiu descobrir se o narcotraficante e o vereador permaneceram em Campo Grande ou se voltaram em outro veículo. O Ford Ka tinha sido roubado em Belo Horizonte (MG) e usava placa falsa. Medina alegou desconhecer a procedência ilícita do veículo e disse ter recebido o bem como pagamento de uma dívida.
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