Além disso, foi verificado que os funcionários das lojas não tinham registro em Carteira de Trabalho, muitos deles desempenhando suas funções há vários anos e, pra tornar a situação ainda mais complicada, eles cumpriam carga horária de 12 horas diárias. Constatado o problema será encaminhada denúncia ao Ministério Público do Trabalho para que tome as providências cabíveis ao fato.
No que tange ao Código de Defesa do Consumidor, a fiscalização registrou a falta de precificação nas mercadorias expostas à venda ficando a cargo dos vendedores fixar os valores de venda de acordo “com a cara” do consumidor, o que possibilitava a venda de um mesmo produto por preços diversos, dependendo de quem o estaria comprando.
Foram encontrados inúmeros itens importados sem inspeção por órgãos nacionais e sem tradução das instruções, com ausência de Nota Fiscal de entrada, o que pode configurar descaminho. Todas as irregularidades encontradas permaneciam apesar da empresa já ter sido alertada por diversas vezes, ao longo de anos, a respeito da necessidade de adequação de suas atividades e jamais ter demonstrado interesse em se regularizar.
Como consequência da quantidade de problemas e da infinidade de produtos irregulares expostos a venda, acrescida das condições consumeristas e trabalhistas, os estabelecimentos foram interditados pela fiscalização devendo permanecer com suas atividades suspensas até a regularização da situação e sejam apresentadas ao Procon os documentos comprobatórios de que tais providências foram efetivadas.
Ressalte-se que durante a ação foram apreendidos em permanecerão armazenados até que se resolvam as irregularidades, aproximadamente sete mil capas de aparelhos de telefonia celular (a contagem exata ocorrerá posteriormente), milhares de películas e centenas de acessórios e produtos eletrônicos em situação irregular a exemplo de caixas de som, fones de ouvido e smartwatches.