Novos áudios e depoimentos marcam reabertura de caso de execução de Paulo Magalhães. Vai vendo!

O Blog do Nélio obteve informações junto à força-tarefa, composta pela Polícia Civil e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para investigar os crimes de pistolagem praticados em Campo Grande (MS), que novos áudios e depoimentos vão ajudar a elucidar o caso da execução do delegado Paulo Magalhães, que foi assassinado no dia 25 de junho de 2013.

As investigações foram retomadas após autorização da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, que acatou solicitação da força tarefa em decorrência de desdobramentos provocados pela “Operação Omertà”, que no dia 27 de setembro de 2019 levou à prisão os empresários Jamil Name, 83 anos, e o filho dele, Jamil Name Filho, 42 anos, por suspeita de comandar uma milícia na cidade.

Com a decisão do juiz Carlos Alberto Garcete, a Polícia Civil e o MPE (Ministério Público Estadual) estão investigando o assassinato de Paulo Magalhães. Ele tinha 57 anos e foi fuzilado ao volante de um jipe, quando buscava a filha na escola, no Jardim dos Estados, em Campo Grande, no fim da tarde de 25 de junho de 2013, ou seja, há quase sete anos.

No caso específico de Paulo Magalhães, um autor, José Moreira Freires, o “Zézinho”, foi o condenado pelo homicídio na época, começou a responder em liberdade e hoje é considerado foragido. Ele, condenado pela morte de Paulo Magalhães, foi depois identificado como pistoleiro responsável por várias execuções, mas sumiu após a última morte atribuída ao grupo criminoso, a do estudante de Direito, Matheus Coutinho Xavier, filho do capitão PM Paulo Xavier, em abril de 2019.

Desde então, José está foragido e hoje integra a lista dos mais procurados pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e ainda pode ser colocado na lista vermelha da Interpol. É apontado pela investigação da Operação Omertà que há indícios de que a morte de Paulo Magalhães também possa envolver o empresário Jamil Name e Jamil Name Filho, presos na operação e que hoje estão no Presídio Federal de Mossoró (RN).

O delegado Paulo Magalhães foi executado na frente da escola da filha em junho de 2013. Os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até a escola da filha, na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução. O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas.

O delegado aposentado estava em seu veículo, uma Land Rover, quando foi executado a tiros de pistola dados pelo guarda municipal Zézinho, que estava na garupa de uma moto, pilotada por Rafael Leonardo Santos. Já Antônio Benitez Cristaldo fazia escolta dos dois em um carro.

Depois que os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos para o trio, Rafael foi encontrado morto e partes do seu corpo foram jogados próximo ao lixão da Capital. Ele foi carbonizado e decapitado. Segundo a promotoria, Rafael seria o ‘elo mais fraco’ dos três e poderia contar quem seriam os mandantes do crime. Por isso, foi eliminado. O corpo dele só pode ser identificado através de exames de DNA.

Foi levantada uma hipótese, extraoficial, de que o crime teria custado R$ 600 mil. O mandante do crime teria sido identificado até então. O delegado aposentado fazia denúncias em um site de notícias. José Moreira Freires disse no dia de seu julgamento, 15 de agosto de 2018, que fugiu depois do crime com medo de ser ‘eliminado’ pela polícia como queima de arquivo. Freires disse aos jurados que não sabia que a vítima era delegado aposentado e que achava que se tratava de um advogado.

Para explicar porque fugiu logo depois da execução, o guarda municipal levantou suspeita sobre a atuação da polícia no caso. Segundo ele, mesmo sem ter participação na execução, teria sido ‘avisado’ que policiais estariam armando um cenário de resistência para matá-lo quando fosse abordado. O suposto plano para eliminar o pistoleiro seria uma ‘queima de arquivo’.

 

Vai vendo!!!!