A bola da vez agora é o vereador Lucas de Lima (SD), radialista famoso pelo programa “Amor Sem Fim”, da Rádio FM Cidade 97. O “nobre” parlamentar pode perder o mandato porque foi condenado a um ano e quatro meses de prisão por apropriação indébita.
Isso mesmo, Lucas de Lima (SD), que é ex-sócio de uma pizzaria, foi condenado em 2012 pela 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande a um ano e quatro meses de prisão, que foram convertidos na prestação de serviços comunitários.
O vereador era fiel depositário da Justiça do Trabalho em Campo Grande e utilizou bens da pizzaria para o pagamento de dívidas indevidamente, o que gerou o processo por apropriação indevida. À Justiça, o radialista confessou ter cometido a infração, mas alegou que não houve dolo, ou seja, não foi intencional.
Lucas de Lima recorreu ao Tribunal Regional da 3ª Região, em São Paulo, onde os desembargadores mantiveram a sentença contra o parlamentar, publicada em fevereiro de 2016. O próximo passo foi recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), cuja apelação foi rejeitada pelo ministro Antonio Saldanha Palheiro, em meados do ano passado.
Representante legal do vereador Lucas de Lima, o advogado Jeyan Carlo Xavier rejeita qualquer possibilidade de perda do mandato devido à Lei da Ficha Limpa, de 2010, ou irregularidade no registro da candidatura para as eleições de 2016.
Jeyan Carlo explica que, à época do registro eleitoral, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) foi informado sobre a condenação e, no entanto, não impediu o registro da candidatura. Lucas de Lima foi eleito com 4.256 votos para sua primeira experiência como legislador. Atualmente, a defesa vai tentar derrubar a condenação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Enquanto isso, quem aguarda ansioso pela conclusão do caso é o ex-vereador Eduardo Cury (SD), que assumiria a cadeira no Legislativo da Capital com a perda da vaga de Lucas de Lima. “A Justiça está cumprindo o papel dela. Depois que esse negócio (boatos) aqueceu, contratei um escritório de advocacia para cuidar disso. Vamos acompanhar até para nos prepararmos. Nunca tive nada contra ele (Lucas). Mas tenho essa obrigação em nome dos meus eleitores”, conclui.