Ronaldinho tem sucessivas derrotas na Justiça do Paraguai onde está preso há 4 meses. Coisa tá feia

Preso desde o dia 4 de março deste ano acusado de usar passaporte falso para entrar no Paraguai, o ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho tem acumulado sucessivas derrotas na Justiça do país vizinho. O último revés foi sofrido na semana passada, após a 4ª Corte de Apelação de Assunção rejeitar recurso de seus advogados, que questionam a maneira como o processo vem sendo conduzido.

“O recurso, de decisão não unânime, não tinha como objeto o mérito. Não discutia os fatos. O recurso tinha como objeto a questão processual e, diante da decisão, será interposto novo recurso”, disse Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho. Até o momento, a única vitória do ex-jogador nos tribunais paraguaios foi em abril, quando ele conseguiu deixar a cadeia e ir para a prisão domiciliar, em um hotel e luxo de Assunção.

No entanto, antes a Justiça já tinha negado duas vezes o pedido e só aceitou após fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,5 milhões) paga por Ronaldinho e seu irmão Roberto Assis, que foi preso junto com ele pelo mesmo crime. Antes de ir para o hotel, Ronaldinho estava em um centro de detenção da Polícia que abriga políticos processados por corrupção e presos por narcotráfico.

Mesmo no presídio considerado de segurança máxima, o ex-jogador e o irmão mantinham contato com familiares no Brasil, inclusive por videochamadas. O ex-jogador e seu irmão estão proibidos de deixar o Paraguai acusados de “uso de documentos públicos com conteúdo falso”. A pena para esse tipo de delito no Paraguai prevê até cinco anos de prisão.

Os promotores de Justiça investigam ainda suposta participação de Ronaldinho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. O caso virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional de Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.