Ronaldinho Gaúcho e irmão podem deixar prisão domiciliar no Paraguai na próxima segunda-feira

O futuro do ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho e do irmão Roberto Assis, que estão presos no Paraguai desde o dia 4 de março deste ano por porte de documentos falsificados, será decidido na próxima segunda-feira (24).

A Justiça do Paraguai marcou para essa data uma audiência que vai julgar o caso dos dois ex-atletas brasileiros. Nela, um juiz analisará se concederá a ambos a liberdade de retornar ao Brasil.

Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis são acusados de usarem passaportes falsos para entrar no Paraguai. Os dois foram presos em 4 de março e ficaram por cerca de um mês em um presídio de segurança máxima no país vizinho.

Em abril, a Justiça do Paraguai aceitou a transferência para prisão domiciliar, em um hotel de luxo em Assunção, capital do país vizinho, após fiança de US$ 1,6 milhão (o equivalente a cerca de R$ 8,5 milhões).

Os promotores de Justiça pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que o ídolo do Barcelona e seu irmão possam retornar ao Brasil.

“Com a audiência preliminar termina basicamente uma das etapas do processo é onde se analisa o requerimento conclusivo do Ministério Público e se cede a palavra à defesa”, explicou o juiz Gustavo Amarilla.

O magistrado disse que na audiência, que será presencial e será realizada na sede do Poder Judiciário do Paraguai, perguntará aos acusados se estão de acordo com a proposta apresentada pelo Ministério Público.

Os promotores de Justiça investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho Gaúcho e do irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro no país sul-americano.

Desde o início das investigações, a defesa dos ex-atletas brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.

O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho Gaúcho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.