Prisão de Fahd faz Paraguai “desenterrar” velhas suspeitas de execuções. A hora é agora!

A coluna “Jogo Aberto”, do site Campo Grande News, traz, nesta segunda-feira (26), que a prisão do empresário ponta-poranense Fahd Jamil, 79 anos, está provocando no Paraguai uma verdadeira onda de “desenterrar” velhas suspeitas sobre a autoria de execuções no país vizinho. A principal delas é o assassinato de Santiago Leguizamon, metralhado há exatos 30 anos, no dia 26 de abril de 1991, quando saía da rádio onde trabalhava em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).

Segundo a coluna, os jornais paraguaios relatam que Santiago Leguizamon foi marcado para morrer por sua atuação profissional, com reportagens apontando ligações entre poderosos e o tráfico de drogas. Teria em mãos, inclusive, foto na qual aparecia o ex-presidente Andrés Rodrigues, morto em 1997, o traficante colombiano Pablo Escobar e o brasileiro Fahd Jamil.

Essa suposta imagem nunca apareceu e a versão corrente no país vizinho é de que foi destruída pelos pistoleiros de Santigado Leguizamon. O ex-presidente Andrés Rodrigues e o empresário Fahd Jamil eram compadres. Em uma rara entrevista, nos anos 1990, o brasileiro de origem libanesa disse serem “injustas” as denúncias contra o ex-presidente.

Ao se entregar à Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, há uma semana, o “Rei da Fronteira” anotou ser um homem com certidão negativa de antecedentes criminais. Já chegou a ser condenado por tráfico, mas conseguiu anular as decisões. Hoje, é réu em três denunciadas geradas pela Operação Omertà.

Até a última informação obtida pela coluna, ainda havia determinação sobre o mérito perito responsável pelo laudo sobre as condições de saúde do preso famoso, como parte do processo de decisão sobre o pedido de prisão domiciliar feito pelos defensores de Fahd Jamil. O exame de corpo de delito, obrigatório para quem é preso, foi feito pelo diretor do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), Silvio Lemos.