Prefeita cumpre promessa e ingressa com ação contra reajuste do próprio salário. Vai vendo!

Como tinha prometido no início deste ano, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), ingressou com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para suspender o reajuste de 96,73% do próprio salário.

O aumento elevou o salário dela de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62, que seriam pagos a partir de fevereiro deste ano. O reajuste de salário é resultado do projeto de lei aprovado em fevereiro de 2023 pela Câmara Municipal, que também beneficiou os salários da vice-prefeita Camila Nascimento de Oliveira (PP) e dos secretários municipais, diretores de fundações e agências, além de 408 servidores.

Protocolado na quarta-feira (15), a Ação Direta de Inconstitucionalidade implica justamente a Lei Municipal nº 7.006. No pedido é citado que a lei não fez o estudo de impacto orçamentário e financeiro para a implantação dos subsídios fixados, sendo esse um dos motivos de inconstitucionalidade.

“Os subsídios mensais da prefeita e vice-prefeita de Campo Grande, dos secretários municipais e dirigentes de autarquias do município, que implicam em aumento considerável das despesas contínuas, foram aprovados ao arrepio da lei, sem que o legislativo tenha sequer discutido os reflexos disso nas contas públicas”, diz trecho da ação.

Em outro trecho, para reforçar que a lei municipal é inconstitucional, é apontado que o aumento aprovado não tem adequação com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

O pedido será analisado pelo desembargador Odemilson Roberto Castro Fassa, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e o mérito será julgado pelo Órgão Especial da Corte de Justiça.