Perigo mora ao lado! Procedimentos estéticos no Paraguai provocam surto de infecções em MS

A Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul alerta que os procedimentos estéticos realizados no Paraguai em cidadãos sul-mato-grossenses provocaram um surto de infecções nas unidades hospitalares do Estado. A constatação foi feita depois que foram confirmados seis casos de micobacteriose em pacientes que passaram por procedimentos estéticos realizados no país vizinho.

Além disso, conforme a Vigilância Sanitária, há ainda mais cinco casos sendo investigados. Em nota técnica de alerta, a instituição de saúde revela que há surto da micobactéria Mycobacterium Abscessos relacionado a apenas um serviço de estética do Paraguai. A micobactéria foi identificada em todos os casos confirmados, sendo três brasileiros e três paraguaios.

“Os procedimentos envolvidos são prótese de mama, abdominoplastia e lipoaspiração”, cita o alerta, que ainda sustenta que os “exames demonstram cepas com resistência a várias classes de antimicrobianos”. Em setembro de 2020, a estudante de Estética, Sheiza Ayala, morreu aos 22 anos após fazer aplicação de colágeno em clínica paraguaia em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). Não se sabe se as complicações decorreram da mesma micobatéria, mas o rigor sanitário no país vizinho é precário.

Na nota, a Vigilância Sanitária afirmou na nota técnica que micobactéria de crescimento rápido (MCR) é um microrganismo encontrado no solo, na água e eventualmente no ser humano, que pode causar danos e atrasos na recuperação de pacientes submetidos a procedimentos invasivos. Surtos em outros estados brasileiros ocorreram entre 2003 e 2008, quando o Ministério da Saúde passou a exigir o monitoramento. No período, pelo menos 2 mil casos de infecção por MCR foram identificados.

Assim, a notificação de MCR é “compulsória e deve ser realizada por profissionais e instituições de saúde pública ou privada, de todo e qualquer caso de infecção por micobactéria de crescimento rápido relacionadas a procedimentos em serviços de saúde”. Sendo que “devem ser notificados casos suspeitos ou confirmados”. Com informações do site Campo Grande News