Pai de acadêmico executado pelos Name, PX perde patente de capitão PM e salário

O ex-PM Paulo Xavier, pai do jovem Matheus que foi morto em emboscada

Pai do acadêmico de Direito Matheus Coutinho Xavier, que foi executado por engano a mando da família Name, o ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, mais conhecido como “PX”, que já tinha perdido a patente de oficial da Polícia Militar, agora também ficou sem o salário.

A decisão do Governo do Estado foi publicada na edição de ontem (16) do DOE (Diário Oficial do Estado) e decorre da cassação de seus proventos após decisão judicial que resultou na perda do posto e da patente. Conforme com o portal da transparência, no mês de abril o salário bruto do ex-capitão PM foi de R$ 19.491,56, com rendimento líquido de R$ 16.581,52.

Em 2019, PX teve o filho morto por engano quando manobrava a caminhonete do pai na frente da residência da família, no Bairro Jardim Bela Vista, em Campo Grande (MS). A investigação da “Operação Omertà” apontou que os disparos, efetuados com um fuzil AK-47, eram direcionados a PX, então considerado traidor por membros da família Name, para quem trabalhou.

Após a tragédia, PX deixou Mato Grosso do Sul e passou a viver no Paraná, onde atuava como despachante. Ele abriu a empresa Poup Tempo, registrada na Receita Federal para atuação no setor, porém, no ano passado, foi alvo da “Operação Money Poup”, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná.

A operação investigou crimes como associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro, envolvendo a 86ª Ciretran de Sarandi. A trajetória de PX também inclui histórico anterior de envolvimento em investigações criminais.

Em 2009, ele foi preso durante a “Operação Las Vegas”, em Mato Grosso do Sul, que envolveu forças estaduais e a Polícia Federal no combate à máfia dos jogos de azar. Na Justiça Militar, chegou a ser punido por conduta inadequada ao posto de oficial e, agora, com a cassação de seus proventos, PX deixa de receber os vencimentos como militar reformado e permanece sob os efeitos das decisões judiciais decorrentes de sua trajetória funcional e criminal. Com informações do site Campo Grande News