Segundo o jornal Correio do Estado, com a decisão, pelo menos até um novo pedido para a construção de uma PCH no local, a segunda maior cachoeira de Mato Grosso do Sul, que tem uma queda livre de 83 metros no Córrego Água Branca, fica a salvo. No Estado, a única queda d’água mais alta que a Cachoeira Água Branca é a Boca da Onça, localizada no município de Bodoquena, que tem 156 metros de altura.
O projeto da PCH Cipó previa um lago de 3,5 hectares de extensão, o suficiente para extinguir a cachoeira, com a redução de seu volume d’água em pelo menos 80%. A licença prévia revogada pelo Imasul tinha sido concedida anteriormente em 2021, pelo mesmo órgão ambiental estadual.
Ao atender a recomendação da Promotoria de Justiça de Pedro Gomes, o MPE entendeu que não foram cumpridas condicionantes e não houve apresentação de um Plano de Implementação do Pagamento de Serviços Ambientais, bem como da apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA).
Na época, em 2021, o Imasul tinha outro entendimento: o de que o empreendimento não demandava um EIA-RIMA. “O cálculo elaborado pelos técnicos do Imasul, indicou que o Grau de Impacto (GI) da Cachoeira da Água Branca, atingiu 1,183, o GI médio para Usinas Hidrelétricas é em torno de 0,5, concluindo-se que o GI da cachoeira inviabilizava o empreendimento”, informou o MPE.