Ministério Público de Portugal denuncia 18 comparsas do Major Carvalho, o “Escobar Brasileiro”

O Ministério Público de Portugal denunciou 18 comparsas ligados ao ex-major PM Sérgio Roberto de Carvalho, mais conhecido como “Major Carvalho” e batizado de “Escobar Brasileiro” em referência ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Preso com documento falso na Hungria, ele está ligado a crimes de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

 

Dos 18 acusados, 16 são portugueses, um é angolano e outro indiano. Na lista, está o empresário português Ruben Alexandre Vieira Oliveira, o “Xuxas”, apontado pela Justiça de Portugal como o braço direito do Major Carvalho na Europa. Ele viajou quatro vezes ao Brasil para negociar a importação de toneladas de cocaína antes de ser preso pela Polícia Judiciária de Portugal, em 27 de junho de 2021.

 

A Polícia Federal prendeu mais cinco integrantes da organização criminosa que era chefiada pelo Major Carvalho, durante a operação batizada de “Chapa Branca”. A PF começou a investigar a quadrilha em outubro de 2021, quando foram apreendidos 350 quilos de cocaína em um porto do Espírito Santo. A droga foi descarregada de um caminhão e seria ocultada numa carga de chapas de granito, depois exportadas para a Europa.

 

Em novembro de 2020, o ex-policial fugiu do cerco da PF na operação Enterprise e chamou a atenção por ter até uma versão “morto-vivo”. De filho de donos de lanchonete em Campo Grande a apontado como líder de organização criminosa capaz de exportar 45 toneladas de cocaína (equivalente a R$ 2,2 bilhões), Carvalho é comparado ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar.