O motoentregador Bruno César de Carvalho, 24 anos, que executou a tiros o colega de profissão na noite de 13 de agosto por motivo banal em frente à lanchonete na Avenida Mato Grosso onde ambos trabalhavam, teve a prisão preventiva decretada na noite de ontem (18).
Ele tinha se entregado à Polícia Civil, em Campo Grande (MS), e, depois de confessar ter matado Emerson Salles Silva, 33 anos, deixou a 1ª DP (Delegacia de Polícia), pois já tinha passado o período de flagrante. No entanto, horas depois, Bruno de Carvalho teve a prisão preventiva decretada.
No depoimento prestado ontem, ele confirmou que matou o colega de profissão após uma discussão por ter faltado ao serviço no dia 12 de agosto e deixado a vítima trabalhando sozinha como entregador da lanchonete. Bruno de Carvalho também apontou o local onde jogou o revólver calibre 32 e a equipe da Polícia Civil esteve no terreno na Avenida Gury Marques, onde encontrou a arma.
Acompanhado de duas advogadas, Bruno de Carvalho foi ouvido pelo delegado Mikail Farias por cerca de uma hora e meia. Conforme o delegado, ele contou que trabalhava com Emerson Salles em uma rede de farmácia há muito tempo, mas na lanchonete há cerca de dois meses e meio. Ele e a vítima já tinham se desentendido anteriormente, por comentários e brincadeiras que Emerson Salles fazia, mas o estopim foi quando faltou ao trabalho.
Bruno de Carvalho revelou que a motocicleta estragou e ele precisou faltar no trabalho por dois dias, sendo que Emerson Salles não teria gostado de trabalhar sozinho e começou a mandar mensagens. O assassino contou ainda que ao voltar ao trabalho, no dia 13 de agosto, a vítima iniciou uma discussão e o agrediu a socos, mas a briga foi separada por outros funcionários da lanchonete.
Segundo Bruno de Carvalho, mesmo mostrando arma, Emerson Salles voltou a agredi-lo e, por isso, atirou. Ele contou que comprou a arma, um revólver calibre 32, há cinco meses, por medo de ser assaltado. Ele também afirmou estar arrependido. O assassino disse que saiu de si e o que aconteceu foi um crime, que fez besteira, vai responder por isso e colaborar com a Polícia.