Parece que o inferno astral da senadora Soraya Thronicke (PSL/MS) está apenas começando. Após ser comunicada pelo Palácio do Planalto que será punida com a perda de cargos comissionados indicados por ela à administração pública federal em represália por votar contra no Senado Federal à manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro pelo congelamento de salário de servidores federais e chamar o ministro da Economia, Paulo Guedes, de irresponsável, recebeu contra-ataque de governistas que passaram a xingá-la de “traidora” e “ingrata” na rede social Twitter.
Depois de acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na inauguração de estação radar da FAB (Força Aérea Brasileira) em Corumbá (MS) no dia 18 de agosto e votar contra ele no Senado Federal no dia seguinte – 19 de agosto -, na última sexta-feira (21), ela fez duras críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que alertou sobre as consequências da derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro, que proibia o aumento de salário a uma parte da categoria de servidores públicos federais das áreas de saúde e segurança.
Pelo Twitter, a senadora questionou o fato de o ministro ter afirmado, em vídeo, que os servidores dessas áreas seriam poupados do congelamento de salário até fim de 2021. Ela reproduziu declaração que Guedes teria dado em relação a essa medida do governo. Em seguida, postou nova mensagem, onde chamou Guedes de “irresponsável”: “A sorte do Min. Paulo Guedes é que os Senadores são bem mais polidos do que ele. Mesmo assim esse Sr não vai escapar da reprimenda, pois irresponsabilidade tem limites, e ele não está cuidando da economia da casa dele. Estamos tratando de um país!”, atacou.
Imediatamente, aliados do governo saíram em defesa do ministro da Economia e passaram a atacar a senadora sul-mato-grossense. Ela foi tachada de “traidora”, “ingrata”, “antipatriota” e “irresponsável”, entre outros adjetivos. Muitos começaram a usar a hashtag #MeuVotoNuncaMais e afirmaram que ela nunca mais seria eleita por “trair a confiança do presidente e do seu governo”. Além de Soraya, o Palácio do Planalto deve suspender todas as indicações de cargos feitas por outros três senadores. Não houve a divulgação de nomes, mas o segundo da lista seria o vice-líder do governo, senador Izalci Lucas (PSDB-DF).
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