O fim de semana foi violento na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul com o registro de três execuções nas cidades de Pedro Juan Caballero (PY) e Ponta Porã (MS). Com esses três homicídios, o número de mortes sobe para 48 desde o início deste ano, sendo 8 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 12 em março, 8 em abril, 7 em maio e 3 em junho.
A primeira execução foi na noite de sábado (6) em um barraco construído na Rua Marechal Floriano, região central de Ponta Porã (MS), ao lado da Boate Samara. Uma mulher identificada apenas como Diana Negona foi morta a tiros de pistola calibre 380 e, de acordo com o companheiro da vítima, ele estava no interior do barraco preparando a janta quando ouviu disparos e, ao sair, encontrou a mulher caída e dois homens deixando o local a pé.
Ele contou que estava morando com Diana Negona há seis anos, mas que não sabia o nome completo dela e também não tinha conhecimento de parentes. Nenhum documento dela foi encontrado no local onde casal morava e os peritos que estiveram no local disseram que ela foi assassinada com tiros de pistola calibre 380. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal onde deverá ser identificado.
Corpos
Já no domingo (7) dois corpos foram encontrados na localidade de Lorito Picada, a cerca de 35 quilômetros de Pedro Juan Caballero, e foram levados por homens da Força Tarefa Conjunta (FTC) para uma universidade particular da cidade onde seriam analisados pelo médico forense do Ministério Público.
As vítimas foram identificadas como os irmãos Benicio e Yony Arguello Larrea, que têm antecedentes criminais e ligação com o EPP (Exército do Povo Paraguaio), um grupo paramilitar que vem promovendo ataques, sequestros e assassinatos contra propriedades rurais no interior do Paraguai.
O porta voz da Força Tarefa Conjunta, tenente coronel Luis Apesteguía, disse que receberam a informação de guerrilheiros na região, mas que não chegou a haver confronto entre as forças militares e os guerrilheiros e que os corpos foram localizados depois de denúncias de moradores da região.
Como os corpos estavam em estado de decomposição, o oficial disse que eles podem ter sido feridos em confrontos e abandonados pelos companheiros. No mês passado, o EPP fez pelo menos três ataques a propriedades rurais nos departamentos de Amambay e Concepcion.