Mal explicado! Carro usado para entregar cocaína pertencia a outro assistente parlamentar

A Polícia Militar informou ontem (5) que o Prisma preto apreendido na noite de terça-feira (4) com um homem de 32 anos de idade logo após deixar um carregamento de cocaína na casa do assessor parlamentar do vereador Ademir Santana (PSDB), Robson José Ximenes, está em nome de um outro assistente parlamentar da Câmara Municipal de Campo Grande.

Segundo o site Midiamax, Robson Ximenes foi detido com o comparsa por tráfico e, após checagem da placa do veículo Prisma apreendido, foi constatado que o veículo está no nome de assistente parlamentar nomeado no mesmo dia que o preso, ou seja, 4 de maio de 2021. A princípio, os dois ocupariam cargo no gabinete do vereador Ademir Santana e, conforme o Portal da Transparência, o assistente recebe salário bruto de R$ 6,4 mil.

Em nota, o vereador Ademir Santana disse que as providências para a exoneração de Robson Ximenes já foram tomadas. “Tomamos conhecimento na manhã de hoje (ontem) que um membro da assessoria estaria envolvido em ocorrência policial. Lamentamos o ocorrido e ficamos surpresos, mas tenho confiança no trabalho da justiça e das autoridades policiais”, escreveu.

Ainda na nota, o parlamentar acrescentou que sobre a conduta de Robson Ximenes “apenas podemos atestar a sua conduta enquanto assessor parlamentar e que levava diversas solicitações de melhorias para os bairros da sua região”. “Ao ser nomeado apresentou certidões criminais negativas e infelizmente não podemos controlar ou conhecer as condutas particulares de cada um. Por fim, registramos que não compactuamos com o ocorrido e todas as providências para sua exoneração já foram tomadas”, finalizou.

Já o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto (PSDB), pronunciou-se novamente sobre a questão de outro comissionado do gabinete do vereador Ademir Santana (PSDB) estar envolvido no esquema de tráfico de drogas descoberto na noite de ontem (4). Ele usou um ditado popular bem conhecido e ressaltou que, se o outro servidor é consciente do envolvimento no esquema, sabe que também terá a exoneração publicada imediatamente.

“Pau que dá em Chico dá em Francisco também, se ele está envolvido ou sabia desse esquema ele também será exonerado. Não vamos compactuar com esses tipos de atitudes”, pontuou Carlão, reforçando que antes da nomeação dos comissionados a secretaria de recursos humanos exige todas as certidões de antecedentes civil e criminal, mas acredita que o esquema tenha começa após a nomeação.