De novo? Procon volta a autuar unidade do Extra por vender produtos com diversas irregularidades

Depois de um tempo sem apresentar problemas, a unidade do Extra Hipermercados localizada na região central de Campo Grande (MS) voltou a ser autuada pela equipe de fiscalização do Procon.

Após receber denúncias dos consumidores, os fiscais foram até o hipermercado e encontraram diversos produtos expostos à venda sem a existência de informações inadequadas de preços, divergências entre os valores fixados em produtos e os efetivamente cobrados nos caixas.

Além disso, alguns itens estavam armazenados de maneira inadequada, desrespeitando as temperaturas recomendadas pelos fornecedores, produtos com validade expiradas e, alguns deles, com indícios de adulterações nas etiquetas, o que demonstra a mudança do limite para consumo humano.

Segundo o Procon, entre as inúmeras demonstrações de desrespeitos às normas de consumo vale citar alguns exemplos, como a divergência de preços induzindo os consumidores a erros.

O lubrificante que, nos caixas, era cobrado quase o dobro do preço exposto na gondola, ou seja, apresentava o valor de R$ 14,99 e o interessado na compra se surpreendia com a cobrança de R$ 28,99 no caixa.

A irregularidade foi flagrada também em relação ao sal grosso, que, na gôndola, o valor fixado era de R$ 1,95, enquanto no caixa era cobrado R$ 3,29 apenas para citar alguns exemplos.

Produtos perecíveis como é o caso de salmão em pedaços, cação em postas e filetado estavam armazenados em temperaturas bastante diferentes do recomendado pelos fornecedores.

A temperatura ideal para a conservação estampada no produto previa – 18 graus centígrados, mas, na realidade, estavam a menos 7.9 e até a menos 1.6 graus. Somente nesse tipo de situação foram encontrados sete quilos de produtos.

Foram encontradas, também, embalagens de produtos diversos rompidas ou rasgadas facilitando a proliferação de bactérias. Entre eles as costelas bovina e suína, bistecas bovina e suína e cupim bovino, que, ao todo, somaram aproximadamente 15 quilos.

Em vários desses produtos, além da questão das embalagens que os torna impróprios ao consumo humano, tinha adulteração de etiquetas como o indício de remarcação para atualizar o prazo de validade.

No estabelecimento comercial verificou-se, também a utilização de itens com validade expirada para a fabricação produtos para comercialização interna, a exemplo de pastéis e outros vendidos na padaria ou lanchonete. Foram encontrados expostos à comercialização, com validade vencida, lombo e paleta suínos além de bebidas como é o caso de sucos.

Também impróprios ao consumo por apresentarem fungos no interior das embalagens a fiscalização encontrou 22 quilos e 365 gramas de diferentes queijos.

Todos os produtos inadequados ao consumo foram recolhidos, descartados e danificados de maneira a não terem condições de voltar à exposição para vendas.

Mesmo com os trabalhos um tanto restritos em função da situação de pandemia provocada pela Covid-19, o Procon continua recebendo denúncias  e, se constatadas as irregularidades,  autuando os estabelecimentos infratores.