A expressão “mais frágil que uma casa de ovo” é bem utilizada quando se fala do material utilizado pelas empreiteiras contratadas pelo prefeito Marquito Trad para tapar os milhares de buracos espalhados pelas vias de Campo Grande. Basta perguntar aos motoristas que se utilizam das vias asfaltadas da Capital para ter a confirmação de que o produto de péssima qualidade não aguenta uma chuva um pouco mais forte.
A prova disso é que os buracos já tapados pelas empreiteiras já estão de volta e muito maiores do que quando sugiram pela primeira vez. A falácia de que os “remendos” feitos nos asfaltos da cidade durariam cinco anos, não duram nem até a próxima chuva, quanto mais meses ou muito menos anos, como garantiu a pleno pulmões o prefeito “Pinóquio”.
Passados seis meses da nova gestão, as ruas continuam parecendo verdadeiros queijos suíços, ou seja, cheias de buracos e, para piorar, Marquito Trad não cumpriu nenhum dos prazos estabelecidos logo após a posse para acabar com a dor de cabeça dos motoristas, que são a alegria das oficinas mecânicas e borracharias.
Inicialmente, ele anunciou que poria fim aos buracos em 90 dias e os seus eleitores recorreram às redes sociais para sacramentar o contraponto em relação ao antecessor, que se arrastou por um ano e meio sem resolver o problema.
Dias depois, o secretário municipal de Infraestrutura, Rudi Fiorese, esticou o prazo, de que só seriam extintos os malditos buracos nas ruas em 120 dias. A Prefeitura enfatizou que o material da operação tapa-buracos, realizada pelas sete empresas “amigas” do prefeito – foram escolhidas a critério do chefe do Executivo e sem licitação – seria de “qualidade” e teria “duração de cinco anos”.
O mais irônico de tudo é que basta um dia de chuva para que os buracos ressurjam como se nunca tivessem sido tampados, apesar do material ter “garantia de cinco anos”. Apesar de a promessa ter sido feita longe do palanque eleitoral, a suposta qualidade do material prometido por Marquito virou piada.
Há casos em que os trabalhos criaram uma armadilha para os motoristas. Este é o caso da Rua Brilhante, que vem recebendo recapeamento com grife do Exército Brasileiro. Os militares transformaram a via num Frankenstein – trechos recapeados se revezam com enormes buracos. A velocidade de segurança naquele local deve ser de 30 km por hora.
Nem o convênio com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), propagandeado de todas as formas possíveis, tem garantido tranquilidade para a população. Para complicar a situação, a licitação milionária para contratar empresas para dar continuidade ao processo emergencial, no valor de R$ 47 milhões, foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado. Até o órgão fiscalizador, que vinha demonstrando boa vontade com o atual prefeito, viu suspeitas de irregularidades no certame e obrigou o município a rever a licitação.
Até quando isso senhor prefeito?